A responsabilidade criminosa da BP na tragédia do Golfo do México não é a única “página negra” no historial desta tenebrosa companhia britânica. Bem pelo contrário… esta multinacional petrolífera britânica tem um longo historial de malfeitorias e conspirações várias.

Mossadegh (http://www.eyeranian.net)
Em 1953 os serviços de inteligência britânicos e a CIA prepararam um Golpe de Estado no Irão, derrubando o governo democraticamente eleito de Mossadegh e dando início a um longo processo que estaria nas origens da presente República Islâmica. Ora a principal causa para o derrube deste popular e inteligente presidente foi a sua decisão de nacionalizar o petróleo, então nas mãos da “Anglo-Iranian”, já que a empresa pagava ordenados de miséria aos iranianos que empregava e que não investia no Irão os lucros chorudos que retirava do seu generoso subsolo. Com a nacionalização, a empresa ficaria unicamente britânica e assumiria o nome de “British Petroleum” ou… BP. O golpe tinham assim um objetivo claro: devolver o controlo da exploração petrolífera à BP. E se toda esta cadeia de eventos não tivesse acontecido, derrubando no processo um governo eficaz e democraticamente eleito, será que hoje teríamos o problema do extremismo islâmico em mãos?
Recordando esta parcela menos conhecida da História do Médio Oriente é assim possível compreender um pouco melhor a natureza da fibra moral de uma empresa que agora além de poder exibir nos seus pergaminhos o derrube de uma exemplar e rara democracia no instabilíssimo Médio Oriente pode agora tambem a (derradeira?) prova da sua cupidez e desleixo: a fuga de petróleo do Golfo do México. Uma grande empresa para escolher naquilo a que já chamei de “consumo consciente”, noutros artigos dedicados a empresas com más “pegadas” ecológicas ou de carbono, ou seja, empresas a não escolher quando exercemos a nossa escolha consciente de artigos de consumo.
Fonte:
http://www.huffingtonpost.com/2010/06/08/bps-long-history-of-destr_n_604511.html
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