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O Cemitério do Alto de São João foi mandado construir em 1833 pela Rainha Dona Maria II aquando da epidemia de cólera morbus que assolou a cidade de Lisboa, servindo ainda hoje a zona oriental da cidade. Foi durante mais de um século o cemitério da cidade tendo sido escolhido pela Primeira República como local para homenagear os seus heróis.
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A epidemia de Cólera entre 1832 e 1833 assolou a Europa. A doença era conhecida há longo tempo, por ser endémica na Índia aonde, no entanto, se manteve circunscrita até à década de 1820 quando atingiu a Rússia e continuou a progredir para ocidente. A cólera chegou a Portugal “trazida a bordo de um navio que, de Ostende[i], transportava soldados para ajudarem D. Pedro no cerco do Porto”, quando já tinha atacadocom grande virulência em Paris, no mês de Abril desse ano de 1832.
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Na altura, situado “fora de portas”, zona rural de grandes quintas, passou a cemitério de gestão pública em 1841, após a legislação publicada em 1835.
Ocupava a Quinta dos Apóstolos. Inicialmente ajardinado, está arborizado com ciprestes, eucaliptos, robínias, alfarrobeiras, jacarandás, entre muitas outras.
Esta «QUINTA DOS APÓSTOLOS» Os padres da «COMPANHIA DE JESUS», (que seriam possivelmente os APÓSTOLOS citados), primitivos donos da quinta, já nada têm ali que os recorde.
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O primeiro forno crematório do país foi construído neste cemitério em 1925, tendo sido desativado alguns anos mais tarde por razões políticas, sendo reativado em 1985[1] .
A cremação em Portugal foi um processo que se iniciou com debates e artigos de opinião, produzidos por grupos e individualidades dos setores mais progressistas da sociedade de oitocentos, mas só na 1.ª República, em 1912, teve início o processo de estabelecimento de um Crematório em Lisboa, no Cemitério do Alto de S. João.
Acabadas as obras de arquitetura do edifício, foi necessário esperar por Alfredo Guisado, vereador do Pelouro dos Cemitérios em 1925, para concretizar a compra do forno na Alemanha, sua instalação e ensino do correto funcionamento. Alfredo Guisado foi um entusiástico apologista da cremação, chegando a propôr em Sessão de Câmara que fossem cremados os cadáveres destinados a vala comum.
A primeira cremação em Portugal aconteceu finalmente em 28 de novembro de 1925. O crematório foi encerrado em 1936 e, em parte por pressão da comunidade Hindu, a Câmara Municipal de Lisboa reativou-o em 1985.
Em Portugal até 2002 existiam apenas três fornos crematórios em funcionamento; o mais antigo, no Cemitério do Alto de S. João em Lisboa, o do Prado do Repouso no Porto e o do Cemitério Municipal de Ferreira do Alentejo, cuja construção foi custeada por um particular.
2 após entrar
Jazigo da Santa Casa da Misericórdia (esquerda)
O edificado arquitetónico é tanto de autoria desconhecida como de arquitetos ou canteiros conceituados. Temos por exemplo na entrada do lado esquerdo o Jazigo dos Beneméritos da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, do arquiteto Adães Bermudes
Jazigo neomanuelino ricamente trabalhado, construído, entre 1906 e 1909, para albergar os restos mortais daqueles que, em vida, haviam apoiado a Misericórdia de Lisboa.
Jazigo dos Viscondes de Valmor (à direita)
mecenas das artes e criador do Prémio de Arquitetura com o seu nome, do arquiteto Álvaro Machado, ladeado por quatro estátuas dos escultores Costa Mota, Fernandes Sá, Tomás Costa e Moreira Rato (sobrinho) que representam respetivamente a Arquitetura, a Escultura, a Gravura e a Pintura.
3 subir até capela, contornar e seguir para Cândido dos Reis
Túmulo conjunto de Cândido dos Reis (Almirante) e Miguel Bombarda (Hospital)
Almirante Reis
Iniciou a sua carreira na Marinha como voluntário, aos dezassete anos, sendo sucessivamente promovido até ao posto de vice-almirante. Em 1 de Outubro de 1870 é Guarda-marinha. Reforma-se em Julho de 1909.
Dedicou-se, especialmente, às enfermidades do sistema nervoso, tendo, por este motivo, sido convidado para dirigir o Hospital de Rilhafoles[3] , posição que começou a ocupar em 1892[1] ; reorganizou e melhorou esta instituição
Aí exerceu igualmente as funções de cirurgião hospitalar, e ao reorganizar a sua gestão acabou por o dirigir, desde 1892.[1] . Foi, igualmente, médico no Hospital de São José.[1]
Publicou várias dezenas de volumes e cerca de meio milhar de ensaios, a debruçar-se sobre os problemas clínicos terapêuticos e sanitários[1] , e sobre a Psiquiatria.[3] Defensor do anticlericalismo e do monismo naturalista e materialista, provocou polémica quando editou o livro, A Consciência e o Livre Arbítrio, em 1897, e realizou várias conferências, como a Ciência e Jesuitismo, e a Réplica a Um Padre Sábio.
Elias Garcia
Fundou em 1854 o periódico O Trabalho, a primeira publicação abertamente republicana em Portugal. Foi Vereador e em 1878 Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, onde tem uma Avenida com o seu nome. Foi eleito Deputado Reformista a partir de 1870 e Deputado Republicano em 1890.
Machado Santos alistou-se na Armada Portuguesa em 1891 iniciando uma carreira de comissário naval que o levaria ao posto de comissário de 2.ª classe (segundo-tenente) aquando da Revolução de 5 de Outubro de 1910.
virar à direita (?)
Heliodoro Salgado
Apesar de ter obtido habilitação para o magistério primário, cedo enveredou pelo jornalismo, trabalhando em O Operário, um periódico de tendências socialistas, ligado ao Partido dos Operários Socialistas, de que era militante. Foi-se progressivamente aproximando do campo republicano, ao qual aderiu publicamente na sequência do movimento de repúdio nacional desencadeado pelo ultimato britânico de 1890. Nas eleições gerais de 30 de Março de 1890, foi candidato a deputado integrado na lista republicana apresentada no círculo eleitoral do Porto, mas não foi eleito, obtendo uma votação decepcionante.[3]
Nos seus escritos, dispersos por dezenas de periódicos, demonstrou grande sensibilidade para as questões sociais, defendendo a instrução popular e a melhoria das condições de vida das classes trabalhadoras. A sua escrita apresenta grande acutilância, razão pela qual a sua publicação foi por diversas vezes alvo da censura e levou a que fosse em diversas ocasiões preso
Era também tido como um grande orador, com participação frequente nos comícios organizados pelos republicanos.
Considerado como o protótipo do proletário intelectual[4] e um dos progenitores do anarquismo intervencionista,[5] manteve-se afastado dos partidos políticos, que considerava improgressivos como congregações. O seu forte pendor anticlerical e anticatólico, bem patente nos seus escritos, fizeram dele uma personalidade controversa na sociedade portugues
Possuía profundos conhecimentos sobre temas religiosos e manteve contacto com diversas personalidade portuenses que pretendiam uma reforma da Igreja Católica Portuguesa, na linha da Reforma Protestante, tendo mesmo colaborado no periódico Reforma com várias figuras republicanas do Porto, entre as quais Emídio de Oliveira e Latino Coelho.
Faleceu em Lisboa a 12 de Outubro de 1906, com apenas 45 anos de idade. Tendo-se espalhado o boato de que teria sido assassinado em resultado do seu anticlericalismo, o seu enterro, realizado a 14 de Outubro, o domingo seguinte ao dia da sua morte, foi acompanhado por mais de 50 000 pessoas de todas as classes sociais, numa afirmação do valor e apreço em que era tido.
Segundo a lenda, José de Arimateia teria recolhido no ‘Cálice usado na Última Ceia (o Cálice Sagrado), o sangue que jorrou de Cristo quando ele recebeu o golpe de misericórdia, dado pelo soldado romano Longinus, usando uma lança, depois da crucificação.
A etimologia do Santo Graal tem inúmeras procedências, dentre as quais compara-se San Graal com SanG Real em referência ao imaculado sangue de Cristo coletado em um gradalis – cálice em latim. Com o brilho resplandecente das pedras sobrenaturais, o Graal, na literatura, às vezes aparece nas mãos de um anjo, às vezes aparece sozinho, movimentando-se por conta própria. Porém, a experiência de vê-lo só poderia ser conseguida por cavaleiros que se mantivessem castos.
Transportado para a história do Rei Arthur, onde nasce o mito da taça sagrada, encontramos o rei agonizante vendo o declínio do seu reino. Em uma visão, Arthur acredita que só o Graal pode curá-lo e tirar a Bretanha das trevas. Manda então seus cavaleiros em busca do cálice, fato que geraria todas as histórias em torno da Busca do Graal.
Lugar alternativo do Monte Gólgota, a leste de Jerusalém, próximo ao Jardim do Túmulo
O Novo Testamento descreve o Calvário como “perto de Jerusalém” (João 19:20), e fora das muralhas da cidade (Hebreus 13:12). Isso está de acordo com a tradição judia, em que Jesus foi também enterrado perto do lugar de sua execução.
O imperador Constantino construiu a Igreja do Santo Sepulcro sobre o que se pensava ser o sepulcro de Jesus entre 326 e 335, perto do lugar do Calvário. De acordo com a tradição cristã, o Sepulcro de Jesus e a Verdadeira Cruz foram descobertos pela imperatriz Helena de Constantinopla, mãe de Constantino, em 325. A igreja está hoje dentro das muralhas da Cidade Antiga de Jerusalém, após a expansão feita por Herodes Agripa em 41-44, mas o Santo Sepulcro estava provavelmente além das muralhas, na época dos eventos relacionados com a vida de Cristo.
Dentro da Igreja do Santo Sepulcro há uma elevação rochosa com cerca de cinco metros de altura, que se acredita ser o que resta visível do Calvário. A igreja é aceita como o “Sepulcro de Jesus” pela maioria dos historiadores e a pequena rocha dentro da igreja como o local exato do Monte Calvário, onde a cruz foi elevada para a crucificação de Jesus.
O Jardim do Túmulo fica ao norte do Santo Sepulcro, localizado fora da atual Porta de Damasco, em um lugar certamente utilizado para enterros no período bizantino. O jardim tinha uma penhasco com dois grandes buracos fundos, que o povo dizia serem os olhos da caveira.
Passou depois o título de visconde a ser outorgado como dignidade honorífica autónoma, hierarquicamente inferior a conde e superior a barão.
Raramente concedido durante os séculos XV, XVI, XVII e XVIII, foi durante o Liberalismo no século XIX outorgado com maior frequência, embora geralmente por apenas uma ou duas vidas, tornando-se o título nobiliárquico português com maior número de criações.
Os primeiros anos do século XIX são muito complexos, devido essencialmente à sucessão de problemas políticos, nomeadamente a fuga da família real para o Brasil em 1807, devido às invasões francesas, posterior/consequente domínio inglês, revolução liberal em 1820, regresso da família real em 1821, independência do Brasil, a perda do comércio colonial com a antiga colónia em 1822 (dramático golpe na economia portuguesa), contrarrevolução absolutista e, finalmente, guerras liberais, conservando a instabilidade até 1834.
Em toda a Europa a arquitectura romântica copia os estilos do passado, principalmente o gótico, mas também o românico e o renascimento, bem como as arquitecturas árabe e bizantina, reflectindo o crescente interesse pela história.
Em Portugal a situação é diferente. O gótico português segue a corrente mendicante, ou seja, adopta os princípios ideológicos das ordens mendicantes, baseados na simplicidade e recusa de toda a ostentação ou de todo o luxo, com características próprias, sem copiar a arquitectura francesa, modelo seguido na época pela generalidade dos países europeus. Os edifícios de grande aparato, cobertos de decoração tipicamente gótica, são um pouco mais tardios e, muito frequentemente, fazem a transição para o manuelino, como o Mosteiro da Batalha ou o Convento de Cristo em Tomar. O facto de o manuelino coincidir com o reinado de D. Manuel I, logo com o período mais importante das descobertas, disponibilizando grandes quantidades de capital utilizado generosamente em edifícios religiosos, tornando este estilo muito decorado e original, também é fundamental. Quando a sensibilidade romântica se vira para o passado, procurando referências nacionalistas, obviamente elege o manuelino como expressão máxima da criatividade arquitectónica portuguesa, baseando-se no argumento de ser uma arquitectura puramente nacional.
O neomanuelino é uma arquitectura revivalista, tipicamente romântica, copiando os aspectos mais superficiais da decoração manuelina, aplicada em edifícios adaptados às necessidades do seu tempo. Recorre aos progressos técnicos surgidos com a revolução industrial, tanto ao nível de materiais como de máquinas, escondendo construções modernas, frequentemente com estruturas metálicas (a vanguarda da época). Utiliza todo o tipo de inovações como o tijolo ou revestimentos cerâmicos industriais, preservando, sempre que possível, questões básicas, desenvolvidas no neoclassicismo, como a funcionalidade e a rentabilidade da arquitectura, simplesmente adaptados a outra estética. Segue as grandes construções manuelinas como a Torre de Belém, o Mosteiro dos Jerónimos, Mosteiro da Batalha e Convento de Cristo em Tomar, imitando apenas os motivos decorativos mais evidentes. Na verdade nem se preocupa em copiar fielmente as formas originais. Baseia-se essencialmente na diversidade de arcos, cordas, elementos vegetalistas, cinturões, fivelas, pináculos, contra-fortes e escultura. Concentra a decoração em torno de portas e janelas, como os edifícios originais, mas não tenta copiar os complexos programas iconográficos do manuelino.
Principais edifícios
Palácio Nacional da Pena em Sintra – Aparatoso edifício revivalista no cimo da serra de Sintra, integrado num enorme parque ao estilo inglês (designação da tipologia de jardins que copiam a natureza), com um enquadramento paisagístico verdadeiramente único.
Ouroboros (ou oroboro ou ainda uróboro) é um símbolo representado por uma serpente, ou um dragão, que morde a própria cauda. O nome vem do grego antigo: οὐρά (oura) significa “cauda” e βόρος (boros), que significa “devora”. Assim, a palavra designa “aquele que devora a própria cauda”. Sua representação simboliza a eternidade. Está relacionado com a alquimia, que é por vezes representado como dois animais míticos, mordendo o rabo um do outro.
Segundo o Dictionnaire des symboles [1] o ouroboros simboliza o ciclo da evolução voltando-se sobre si mesmo. O símbolo contém as ideias de movimento, continuidade, auto fecundação e, em consequência, eterno retorno.
voltar à rua
Em 1910 tinha “3544 sócios” e em 1913 “6009”. Teve a Associação um actividade cívica, cultural e benemérita de Instrução assinalável, tendo sido considerada de utilidade pública em 1926. A Associação foi administrativamente extinta e encerrada em 1938.
“Protótipo do proletário intelectual”[David Ferreira, Dicionário de História de Portugal, vol. V, dir. Joel Serrão, Livraria Figueirinhas, Porto, 1992, p. 425-426], Heliodoro Salgado acaba por morrer com 45 anos. Era considerado um grande orador nos comícios organizados pelos republicanos, para defender as causas dos mais fracos e injustiçados socialmente.
Considerado”um dos progenitores do anarquismo intervencionista” [António Ventura, Anarquistas, Republicanos e Socialistas em Portugal. As Convergências Possíveis (1892-1910), Edições Cosmos, Lisboa, 2000, p.193-205], manteve-se ao longo da vida um “franco-atirador” que considerava: “os partidos políticos são, como as religiões, inimigos da novidade. São improgressivos como congregações. Os seus dogmas chamam-se programas. Cada artigo do programa é um artigo de fé.”[Como estas palavras ainda hoje mostram a sua validade! Talvez ainda mais que no passado.] A dimensão e complexidade do seu pensamento pode ser acompanhado no trabalho supra referido, embora seja de destacar a necessidade de um estudo mais aprofundado sobre este autor socialista, republicano e anarquista.
A partir de 1897 instala-se em Lisboa e, logo no ano seguinte, integra a Comissão Municipal Republicana de Lisboa, ainda que como suplente. Preside também ao Centro Republicano Pátria e à Assembleia-geral da Associação Propagadora do Registo Civil.
Dedicava-se à actividade lectiva de Português, Francês, Literatura, História e Filosofia em regime livre para conseguir alguns proventos para sobreviver em termos materiais.
Assumindo-se desde bastante jovem como republicano e livre-pensador. Foi iniciado na Maçonaria em 1890, com o nome simbólico de Lutero, na Loja Obreiros do Trabalho, de Lisboa, pertenceu depois às lojas União Latina, do Porto (1893) e Elias Garcia, de Lisboa (1897). Foi ainda secretário do Vintém das Escolas e redactor da respectiva publicação. Foi um dos participantes na Conferência Nacional Maçónica da Figueira da Foz em Setembro de 1906.
Em 18 de Outubro de 1936 partiram de Lisboa os primeiros 152 detidos, entre os quais se contavam participantes do 18 de Janeiro de 1934 na Marinha Grande (37) e alguns dos marinheiros que tinham participado na Revolta dos Marinheiros ocorrida a bordo de navios de guerra no Tejo em 8 de Setembro daquele ano de 1936.
O Campo do Tarrafal, ou Campo de Concentração do Tarrafal, como ficou conhecido, começou a funcionar em 29 de Outubro de 1936, com a chegada dos primeiros prisioneiros.
A Inglaterra, que mantinha desde há muito uma aliança com Portugal, moveu influências para que o país não participasse activamente na Guerra. O Partido Democrático, então no poder, movido também pelo facto de já existirem combates entre tropas portuguesas e alemãs junto às fronteiras das colónias em África, desde cedo demonstrou interesse em tornar-se parte beligerante do conflito. Em Setembro de 1914 eram enviadas as primeiras tropas para África onde as esperariam uma série de derrotas perante os alemães, na fronteira do sul de Angola com o Sudoeste Africano Alemão e na fronteira norte de Moçambique com a África Oriental Alemã. Apesar destes combates, a posição oficial do Estado português era claramente ambígua. Os partidos de cariz esquerdista estavam ao lado dos regimes da França e da Inglaterra, enquanto que os da direita simpatizavam-se com os regimes das potências centrais (Alemanha e Austro-Hungria). Porém, a questão que se colocava era se Portugal entraria na guerra ou não, já que a entrada de Portugal na guerra seria sempre ao lado da Inglaterra e França. O regime republicano decidiu-se a optar por uma tomada de posição activa na guerra devido a várias razões:
Com vista à manutenção das colónias, de modo a poder reivindicar a sua soberania na Conferência de Paz que se adivinhava com o final da guerra;
No entanto, o principal oponente à entrada de Portugal na Primeira Guerra Mundial foi a Inglaterra. Em Fevereiro de 1916, o antigo aliado português decidiu pedir ao Estado português o apresamento de todos os navios alemães e austro-húngaros que estavam ancorados na costa portuguesa. Esta atitude justificou a declaração oficial de guerra a Portugal pela Alemanha, a 9 de Março de 1916 (apesar dos combates em África desde 1914).
Em 1917, as primeiras tropas portuguesas, do Corpo Expedicionário Português, seguiam para a guerra na Europa, em direcção à Flandres. Portugal envolveu-se, depois, em combates na França.
Neste esforço de guerra, chegaram a estar mobilizados quase 200 mil homens. As perdas atingiram quase 10 mil mortos e milhares de feridos, além de custos económicos e sociais gravemente superiores à capacidade nacional. Os objectivos que levaram os responsáveis políticos portugueses a entrar na guerra saíram gorados na sua totalidade. A unidade nacional não seria conseguida por este meio e a instabilidade política acentuar-se-ia até à queda do regime democrático em 1926.
Notas Soltas:
desembarque do Mindelo
A esquadra organizada por D. Pedro IV, contava com 60 navios, cerca de 8.300 homens, sob o comando do almirante britânico George Rose Sartorius.
A escolha deste local, que perpetuou historiograficamente esta operação militar como “Desembarque do Mindelo”, deveu-se ao facto de nele se poder realizar esta operação com facilidade e segurança, uma vez que o mar se apresentava “bastante profundo quase até à areia”.
Coroa de Flores Significa Respeito.
Cruz e Âncora: Esta combinação refere-se a fé em Cristo. Neste caso, Cristo é a âncora (segurança) da alma.
Acácia: Simboliza a imortalidade da alma.
Flor-de-lis: Significa chama, paixão e ardor.
Papoila: É uma alusão a morte, ou sono eterno da paz.
Rosa: A rosa vermelha representa o martírio de Cristo, e a rosa branca significa pureza e virgindade. Rosas entrelaçadas significam um forte elo afetivo entre o falecido e um familiar (mãe e filho, por exemplo). Um ramalhete de rosas indica beleza e virtudes que o falecido possuia.
Grinalda – Guirlanda: O uso de grinaldas e guirlandas tem origem na civilização grega. Geralmente representa a vitória, ou redenção no cristianismo. A grinalda de louro é encontrada em túmulos daqueles que atingiram destaque nas artes ou na carreira militar. A grinalda de hera simboliza alegria e jovialidade. A Grinalda nupcial é encontrada no túmulo de um jovem noivo, ou noiva. A grinalda adornada com um livro e uma luva, era usada nos túmulos de jovens moças. A grinalda de rosa representa a beleza e virtudes do falecido.
Crânio: No século XVII, o crânio foi esculpido de perfil associado a um fêmur, ou frontal sobreposto aos ossos cruzados. É muito comum encontrá-lo acompanhado da inscrição latina Memento Mori, ou Lembra-te que hás de morrer. Em todas as representações, é mais uma variação da morte personificada.
Acanto: Representa o Jardim Divino, ou o Jardim do Céu.
Cardo: Está associado à tristeza. Também é uma variação da coroa de Cristo; ou representa a
Cachorro – Cervo: Significam lealdade e fidelidade.
Cadeira: Uma cadeira desocupada está associada a morte de uma criança. Simboliza o vazio deixado na vida dos familiares.
Bíblia: A Bíblia é encontrada aberta, representando uma pessoa religiosa.
Livro: O livro possui vários significados: pode representar o Livro da Vida; o aprendizado; o Conhecimento ou memória do falecido.
Tocha: É um dos emblemas da traição, e assim está ligada à crucificação (paixão de Cristo). Uma tocha invertida significa a morte.
Maçonaria, forma reduzida e usual de franco-maçonaria,[2] é uma sociedade discreta e por essa característica, entende-se que se trata de ação reservada e que interessa exclusivamente àqueles que dela participam.[3]
A maçonaria é, portanto, uma sociedade fraternal,[8] que admite todo homem livre e de bons costumes, sem distinção de raça, religião,[8] ideário político ou posição social. Suas principais exigências são que o candidato acredite em um princípio criador, tenha boa índole, respeite a família, possua um espírito filantrópico e o firme propósito de tratar sempre de ir em busca da perfeição,[8] aniquilando seus vícios e trabalhando para a constante evolução de suas virtudes.
Os maçons estruturam-se e reúnem-se em células autônomas, designadas por oficinas, ateliers ou (como são mais conhecidas e designadas) lojas.
Existem no mundo aproximadamente 3,6 milhões de integrantes espalhados pelos 5 continentes: 1,5 milhão nos Estados Unidos (em 1965 eram cerca de 4 milhões); 250 mil na Inglaterra. 170 mil no Brasil e 1,6 milhão no resto do mundo (dados de 2008).[1]
Do mesmo modo, a partir do século X, as abreviações eram tão utilizadas que em 1304, Filipe O Belo, rei da França, publicou uma ordenação para proibir em atas notariais e nos autos jurídicos o uso de abreviaturas. Os três pontos utilizados na maçonaria têm, portanto, sua origem nas abreviaturas, tradição antiguíssima que foi trazida até nós ao longo dos anos. Dessa forma, inicialmente, o emprego da abreviatura em documentos maçônicos deve ter sido sugerido pela preocupação como segredo.
Assim, os três pontos tornaram-se, um símbolo maçônico, o símbolo da DISCRIÇÃO, o que constantemente é trazido à lembrança de nós maçons no momento em que apomos nossas assinaturas em qualquer documento.
Ao mesmo tempo em que os três pontos, na forma de triangulo eqüilátero, produzem o triangulo, primeira figura das superfícies geométricas e aquela de deu origem a trigonometria, base de todas as medidas. Os simbolistas dão ao triangulo a idéia de eternidade ou de Deus, sendo que os três ângulos significam para eles Sabedoria, Força e Beleza atributos de Deus.
Esse símbolo pode representar também o Sal, o Enxofre e o Mercúrio que, segundo os hermetistas2, eram os princípios da obra de Deus, ou ainda, representa as três fases da revolução perpétua: nascimento, vida e morte.
Nesse sentido o triangulo, a mais simples das figuras geométricas, tornou-se a representação gráfica da idéia ternária a qual está ligada a: (i) pai, mãe e filho; (ii) passado, presente e futuro; (iii) dia, noite e aurora; (iv) sentir, pensar e agir; (v) vontade, sabedoria e inteligência. Destaca-se ainda a existência de centenas de ternários.
Ao colocar os três pontos após o seu nome, a Maçonaria pretende relembrar cada maçom dos compromissos assumidos no dia de sua Iniciação, em particular, do juramento prestado.
A guerra peninsular coincide com o que os historiadores hispanófilos denominam “Guerra de Independência Espanhola”, a qual teve início com o levantamento de dois de maio de 1808 e terminou em 17 de abril de 1814. A ocupação francesa destruiu o governo da Espanha, que se fragmentou em diversas juntas provinciais que se disputavam entre si. Em 1810, o reconstruído governo de nacional, as Cortes de Cádis, fortificou-se em Cádis, embora não tenha conseguido reorganizar o exército devido ao cerco de mais de 70.000 soldados franceses. Eventualmente, as forças britânicas e portuguesas asseguraram o controlo de Portugal, usando o país como ponto de partida de campanhas contra o exército francês e para o abastecimento das tropas espanholas. Ao mesmo tempo, o exército e as guerrilhas espanholas empatavam um número considerável de tropas napoleónicas. As forças aliadas, tanto regulares como irregulares, impediram os marechais franceses de subjugar as províncias espanholas rebeldes ao restringir o domíno territorial francês, fazendo com que a guerra se prolongasse por vários anos de empate.
Os longo período de combate em Espanha representou um fardo pesado para a Grande Armée francesa. Embora os franceses obtivessem vitórias em batalha, as suas comunicações e linhas de abastecimento eram sistematicamente sabotadas e as suas unidades eram frequentemente isoladas, assediadas ou dominadas por partisans que praticavam uma guerrilha intensiva de raides e emboscadas. Embora os exércitos espanhois fossem sucessivamente derrotados e empurrados para a periferia, reagrupavam-se e perseguiam incessantemente os franceses.[1] [2]
As forças britânicas, sob o comando de Arthur Wellesley, organizaram diversas campanhas contra os franceses em Espanha com o apoio português. O exército português, desmoralizado na sequência das invasões napoleónicas, foi reorganizado e reequipado sob o comando do general William Carr Beresford.[3] Carr fora nomeado comandante-chefe das forças portuguesas pela família real no exílio, combatendo integrado no exército anglo-português sob o comando de Wellesley. Em 1812, quando Napoleão partiu com grande parte do exército francês para a desastrosa campanha de conquista da Rússia, um exército conjunto aliado liderado por Wellesley entrou em Espanha e conquistou Madrid. Perseguido pelo exército espanhol, britânico e português e sem apoio de França, o marechal Nicolas Jean de Dieu Soult bateu em retirada, guiando o desmoralizado e exausto exército francês pelos Pirenéus durante o inverno de 1813-14.
A guerra e a revolução contra a ocupação napoleónica levaram à redação da Constituição espanhola de 1812, um marco do liberalismo europeu.[4] No entanto, o esforço de guerra destruiu o tecido social e económico de Portugal e Espanha e provocou um período de instabilidade social e política e estagnação económica. Neste período, desencadearam-se na península diversas e devastadoras guerras civis entre facções liberais e absolutistas, lideradas por oficiais treinados na guerra peninsular, e que se prolongaram até à década de 1850. As sucessivas crises provocadas pela invasão, revolução e restauração precipitaram a independência de grande parte das colónias espanholas e a independência do Brasil de Portugal.
Encontrar letras soltas e acrónimos nos cemitérios é bastante comum.
Desde o tradicional PNAV – que significa “Padre Nosso Ave Maria” e que pretende ser um pedido, a quem passa pela lápide, para rezar um Padre Nosso e uma Ave Maria pela alma do defunto – até ao INRI – do latim Iesus Nazarenus Rex Iudaeorum ou seja “Jesus de Nazaré Rei dos Judeus” – e passando claro, pelas letras gregas Α (alfa) e Ω (ómega).
O mais óbvio, válido para qualquer contexto, é o facto destes símbolos representarem a primeira e última letras do alfabeto grego e por isso serem continuamente associadas ao princípio (alfa) e ao fim (ómega). Qual o princípio e qual o fim já depende, efectivamente, do contexto em que eles são usados.
Uma das mais famosas utilizações é, sem dúvida no Apocalipse, ou Livro das Revelações (21:6), quando Jesus se senta no trono e exclama:
«Está feito! Eu sou o Alfa e o Ómega, o principio e o fim.»
Há também uma associação comum do Alfa à Luz e do Ómega às Trevas, mas num contexto cemiterial, as letras gregas são usadas muitas vezes junto das datas de nascimento e morte: Α (alfa) para o início da vida, o nascimento e Ω (ómega) para a morte, representando o fim da vida.
É ainda, relativamente, comum ver as duas letras sobrepostas ou entrelaçadas e em alguns casos é ainda acrescentada a letra Μ (mu), a décima segunda letra do alfabeto grego que, estando a meio deste, é por vezes usada para para representar continuidade: aquilo que está entre o Α (alfa) e Ω (ómega) ou seja, neste nosso contexto, a vida.
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