“Há grandes vantagens em que um governo seja agnóstico em matéria de quem fornece qualquer serviço público. Não tem de ser o Estado. Isto pode parecer de senso comum; mas dentro do Estado “a separação comprador-fornecedor” é revolucionária porque injeta um factor de concorrência nos seus órgãos vitais”
(…)
“A separação comprador-fornecedor nem sempre funciona tão fluidamente como seria de esperar. São precisos novos gestores para escolher os fornecedores e uma camada de reguladores para verificar que o fazem corretamente. A nova British Rail, os caminhos de ferro britanicos, está partida em cem bocados diferentes de tal modo que é dificil saber a quem atribuir a culpa quando alguma coisa corre mal (o que acontece muitas vezes). Uma das razoes por que os cuidados de saude americanos sao a trapalhada que sao está na grande parte deles que é concessionada. (…) Como se impede uma escola de excluir os alunos dificeis para melhorar os seus resultados? Um sistema de avaliação errado pode ser fatal. No Hospital Stafford da Grã-Bretanha morreram entre 400 e 1200 pessoas mais do que teria previsto a ciencia atuarial porque os administradores estavam tão obcecados em atingir os seus objetivos que negligenciavam sistematicamente os pacientes”
(…)
“Os contratos têm de ser apropriadamente redigidos e os contratados atentamente supervisionados. Os sistemas de avaliação têm de ser desenhados com sensibilidade. Os cidadãos precisam de receber toda a informação que for possível sobre a forma como estão a portar-se os concessionários, como acontece na Suécia.”
A Quarta Revolução, a Corrida Global para reinventar o Estado
John Micklethwait e Adrian Woolddridge
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