“Os jovens não se inscrevem nos partidos ou nos sindicatos, mas continuam a interessar-se pela politica, esperam alguma coisa, simplesmente não são capazes de traduzir a expectativa em instrumentos eficientes”
Philippe Schmitter
E isto sucede porque os partidos – forma tradicionalmente de expressão do impulso cívico e politico – estão moribundos, enquanto ferramenta de cidadania, e decaíram até ao tipo de estrutura, aparelhística, desligada dos cidadãos e da sociedade civil, que já diz muito pouco aos jovens que, genuinamente, se interessam por politica.
É claro que continuam a haver jovens na politica partidária… São aqueles (conheço alguns na JS) que remam contra a maré e que, abnegadamente, lutam contra a decadência dos partidos e que, frequentemente com prejuízo próprio, se batem por uma revolução participativa interna nos partidos. Mas estes jovens reformistas têm contra si o poderoso Aparelho semi-profissional e, sobretudo, o clã maioritário (e protecionista) dos jovens que se inscreveram nas juventudes partidárias (organização anacrónica e cuja extinção defendo) apenas na perspetiva de encontrarem emprego ou subsistência na politica ou no Estado.
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