Os partidos que antes tinham juventudes partidárias tornaram-se juventudes partidárias que têm partidos.
“Os partidos, principalmente o PS e o PSD, foram desde a década de 70 penetrados por redes informais de poder, pessoas que aprenderam a mover-se no interior do aparelho, a circular entre as suas estruturas e através delas aceder a posições institucionais e cargos profissionais aliciantes.
A coberto de tutelas e lealdades pessoais ou de organizações secretas, emergiram múltiplas ligações cruzadas de tipo clientelístico, que também contribuíram para descredibilizar os partidos e a politica e afastar os cidadãos da actividade politica”
Alcidio Torres e Maria Amélia Antunes, O Regresso dos Partidos
Eis porque existe hoje um tão grande afastamento entre os partidos e os cidadãos: porque os partidos são hoje “partidos de élites” onde a progressão interna é apenas possível aqueles que foram treinados e condicionados na sagrada disciplina da obediência cega e do seguidismo bacoco e onde toda as entradas em “idade adulta” são fortemente dissuadidas e sem possibilidade interna de conseguirem produzir uma real e efetiva influencia na condução dos destinos partidários (a nível local ou nacional): os partidos que antes tinham juventudes partidárias (verdadeiras escolas de más práticas) tornaram-se assim em juventudes partidárias que têm partidos.
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democratas de meia tijela!