“As máquinas partidárias estão a perder influência perante as estratégias de construção da imagem dos chefes políticos que se dirigem diretamente ao público”
Bernard Manim, Os Princípios
As campanhas eleitorais tornaram-se assim em gigantescas operações de venda de imagem dos lideres. Os programas, as propostas e a capacidade para as executar foram relegados para segundo plano. Os “lideres iluminados”, que nunca erram, raramente não têm razão e que são bafejados pelo génio (e que não existem a não na forma de constructos mediáticos) são o essencial das propostas politicas dos partidos.
Por isso também, pela superficialidade, pela fragilidade de apostar tudo numa pessoa (que alias nem corresponder à “pessoa” real por detrás da imagem) os partidos perderam força, representatividade e confiança.
Há medida que se fulanizavam, perderam ideologia, capacidade critica interna (ai de quem critica o “líder”) e o poder de gerarem propostas realmente alternativas.
Fulanizando-se, morreram. E só podem ressuscitar, se se desfulanizarem.
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