“No mínimo os titulares de cargos políticos devem ser obrigados a mostrar as suas declarações fiscais, atualizadas todos os anos, e, no máximo, que esse fim do sigilo fiscal seja estendido a todos os contribuintes, sejam ou não políticos.”
Álvaro Beleza
Concordo com esta proposta – aparentemente muito radical – de Álvaro Beleza e gostaria de a ver inscrita no futuro programa de governo do PS. A aparente radicalidade da proposta é-o apenas dessa forma: uma aparência. Esta é, já hoje, a situação existentes nos países escandinavos (Noruega, Suécia e Dinamarca) expressando assim o desenvolvimento destas democracias, a sua maturidade e amplitude e solidez de uma cultura cívica que continua a ser reduzida nos países do sul da Europa.
A Transparência Fiscal permitiria – numa primeira fase, aplicada apenas a titulares de cargos eletivos, permitiria um maior e mais eficaz combate à fraude e corrupção, dando paralelamente um incentivo à atenuação das disparidades de rendimentos entre cidadãos. O exemplo dos países mais desenvolvidos e a necessidades de encontrar novas formas de responsabilizar os poderosos perante os mais pobres assim como a de reforçar as formas de combate à corrupção, fazem que seja, também, defensor da Transparência Fiscal absoluta.
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