“A vitória do Syriza é um aviso para o PS sobre a inutilidade dos partidos socialistas, que não compreendem as questões do seu tempo e se divorciam das causas nacionais, o que torna mandaretes de poderes internacionais, nomeadamente de instituições financeiras”
Sérgio Sousa Pinto. Sol de 23 de janeiro de 2015
Sim, foi mesmo Sérgio Sousa Pinto que disse isto: sinal de que até mesmo para um politico de carreira, que ascendeu dentro do partido, grau a grau, desde a juventude partidária, é evidente que algo de muito profundo e radical tem que mudar na forma de fazer politica partidária para que os partidos recuperem a credibilidade de antigamente.
Se os partidos socialistas não se souberem distinguir dos partidos de centro direita (“new left”), se não souberem ser mais do que vias de transmissão do federalismo europeu e do austero-dogmatismo norte-europeu, então afastam-se dos cidadãos, profissionalizam-se e ficarão cada vez mais reduzidos à condição de casta, distinta e afastada da comunidade e da sociedade civil.
Se os partidos socialistas insistirem em estabelecer alianças à direita cairão todos no funesto destino do PASOK, partido que há apenas duas legislaturas coleccionava maiorias absolutas e agora, depois de aliança anti-natura (mas pressionada pela Europa) nem sequer vale 5% do eleitorado. Seja como for, qual opção de coligação pré ou pós eleitoral só deve ser feita depois de recolher o apoio de uma ampla maioria de militantes, devidamente consultados em referendo interno.
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