As eleições italianas de fevereiro deixaram o país num impasse governativo já que nenhum dos partidos ou coligações da Situação estão em condições de formar governo e que o Movimento Cinco Estrelas (o partido mais votado) reafirma a sua vontade de não fazer coligações com nenhum dos partidos que governaram o país nas últimas décadas: nem à Esquerda, nem à Direita, preferindo ficar fora do executivo e avaliando as leis que este submetera ao parlamento uma por uma, sem integrar o governo.
Beppe Grillo, o líder do Cinco Estrelas propôs uma saída para este bloqueio: o parlamento italiano passaria a governar diretamente o país, através da ação legislativa constitucionalmente consagrada, mesmo sem que exista um novo governo. Desta forma, o papel central da democracia seria devolvido ao Parlamento, a casa da democracia. O governo atual – que se mantém em funções de gestão – continuaria o seu trabalho, mas de uma forma assessoria e secundária cabendo nesta solução ao Parlamento preencher esse vazio de poder.
Grillo defende que o Parlamento eleito não tem que esperar pelo novo governo para começar a legislar, por exemplo, numa nova lei eleitoral ou legislando medidas urgentes de apoio às pequenas e médias empresas.
Fonte:
http://www.jornaldenegocios.pt/economia/europa/uniao_europeia/zona_euro/detalhe/beppe_grillo_parlamento_de_italia_pode_funcionar_sem_novo_governo.html
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