Ano após ano, as escolas públicas caem no ranking nacional. Mas este ano o ranking incorpora um elemento novo: as características sócio-económicas dos agregados familiares dos alunos. E os dados que revela são inesperados: ao contrário do que seria de esperar, 51% das escolas secundárias públicas ficaram abaixo do que seria de esperar em função desse padrão socioeconómico. Algo de semelhante, regista-se também nas escolas primárias. O ranking revela igualmente que “em 350 agrupamentos e 34 escolas isoladas, mais de metade dos alunos do básico e secundário estão abrangidos pela ação social escolar, o que significa que as suas famílias têm rendimentos iguais ou abaixo de 400 euros por mês. Em dois destes agrupamentos 100% dos alunos do 4.º, 6.º e 9.º ano passaram.”
Sem o matar de forma cabal e definitiva, estes dados indicam que afinal de conta a maioria das crianças consegue vencer o contexto familiar e económico em que está inserido e apresentar resultados superiores a companheiros que vivem em contextos mais favoráveis. Como dizia Agostinho da Silva, talvez, afinal, o caráter se forme mesmo mais nas dificuldades do que nas facilidades. Talvez a necessidade de exigência seja mais urgente quando não existe o conforto de um lar sólido e abundante em recursos, talvez a maior pobreza implique menos distrações (saídas à noite, computadores, consolas, smartphones, drogas leves ou pesadas, espetáculos musicais, etc, etc). A refletir.
Fonte:
http://www.publico.pt/educacao/noticia/rankings-1567157
Menos distracções… menos porrada do pai, menos porrada na mãe, menos más companhias, menos assalto a carros e casas….
Há de tudo mas contra todo o tipo de estudos e teorias recordo os meus primeiros anos na escola primária há 20 e poucos anos atrás.
Os alunos que na altura eram economicamente desfavorecidos ou tinham dificuldades de aprendizagem hoje em dia… continuam numa posição econmicamente pouco confortável…
De qualquer modo melhor que os pais tinham na época!
Excepto alguns que já foram presos ou morreram… :S
Os estudos dizem que os filhos tendem a manter-se na mesma camada socioeconomica dos pais. Ha exceções, claro, mas essa é a regra.