
Zopa
Os Bancos são cada vez menos apreciados por todos. De facto, a sua atividade nunca foi muito popular, nem a estatura ética dos banqueiros foi considerada alguma vez como muito elevada, assim como o seu prestígio social… especialmente agora, em tempos de credit crunch e da vivência de uma crise global que encontra as suas raízes nas loucuras dos financeiros (e na desregulação) das últimas décadas. Mas os Bancos continuam sendo inevitáveis formas de financiar a Economia… ou não?
Não. Todos nós podemos optar por formas alternativas de fazer poupanças. Podemos, por exemplo, colocar o nosso dinheiro (ou parte dele) num sistema de “empréstimos ponto-a-ponto”, curto-circuitando completamente o papel de intermediário tradicionalmente ocupado pela Banca e tomando nós próprios a decisão de a quem e a que negócio ou empreendimento desejamos emprestar o nosso dinheiro.
Estes sistemas de capitalização ponto–a-ponto não são constructos teóricos: são reais e existem no mundo várias organizações que recorrem a eles. É por exemplo o caso da Zopa, com lucros anuais de 5.5%, da Funding Circle com lucros anuais de 8.5%. Estes casos não escondem que existe uma certa taxa de insucesso: por vezes alguns negócios – simplesmente – falham.
Apesar de certos riscos, estes sistemas ponto-a-ponto permitem que o emprestador saiba exatamente a aplicação que está a ser dada ao seu dinheiro. Os lucros podem ser mais altos que um depósito a prazo convencional, mas podemos escolher o negócio onde aplicamos as nossas poupanças em função de critérios éticos, gostos pessoais ou a áreas onde estejamos mais bem informados.
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