Quem seguia religiosamente a série Star Trek há de se recordar que a Enterprise se movia entre os sistemas estelares durante a sua viagem de cinco anos usando uma certa “propulsão Warp”.
A partir desta inspiração alguns físicos desenvolveram teorias no sentido de criar as bases teóricas para sistemas de propulsão espacial mais rápidos que a velocidade da luz. O primeiro terá sido o físico mexicano Miguel Alcubierre, que através da criação de um sistema capaz de distorcer o espaço-tempo e levar assim a nave espacial até velocidades super-lumínicas. O problema era de que esse conceito exigia energias – literalmente – astronómicas, e logo, era impraticável.
Um motor Alcubierre implicaria uma nave oval com um grande anel rodeando-a. O anel faria com que o espaço-tempo em torno da nave contraísse na sua vanguarda e expandisse à sua retaguarda, levando assim a nave até velocidades acima da velocidade da luz. No meio, a nave estaria numa região sem perturbações. O problema com este conceito é mesmo a energia requerida para fazer estas contrações e distensões do tecido do Espaço-Tempo: a conversão total em energia de uma massa equivalente ao planeta Júpiter. Algo que, manifestamente, não é fácil de conseguir…
Mas cálculos recentes vieram baixar radicalmente esta estimativa inicial: aparentemente, se em vez de um anel estivermos perante um donut arredondado, disposto também em torno da nave a propulsar, então, os requisitos energéticos caem abruptamente, mais exactamente para pouco mais de 700 kg! Estes cálculos teóricos foram apresentados recentemente numa conferência internacional pelo cientista da NASA Harold White e decorrem já testes em laboratório sobre este conceito naquilo a que a equipa de White designou por “White-Juday Warp Field Interferometer” no Johnson Space Center, procurando apurar se é possível perturbar o espaço-tempo em minúsculas frações, de uma parte em dez milhões.
Fonte:
http://news.discovery.com/space/warp-drive-possible-nasa-tests-100yss-120917.html#mkcpgn=rssnws1
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