As sociedades ocidentais contemporâneas são formatadas por forma a que os cidadãos sejam condicionados na sua ação pública e na sua intervenção tornando-os em meras entidades passivas da Sociedade Civil, agentes bovinizados de quem não se espera mais que “sigam”, as Modas, as Opiniões fabricadas por uma clique reduzida de “fabricadores de opiniões”, mais ou menos dependentes do Poder e ascendo e descendendo regularmente ao seu pináculo.
Estas sociedade bovinizadas, passivas e latentes cumprem na perfeição o jogo dos Grandes Interesses, que movendo-se hoje nos círculos da Alta Finança e da Especulação Bolsista mandam nos governos eleitos em eleições cada vez mais formais e alternadeiras que vivem da previsibilidade dos resultados e da fidelidade dos seus vencedores-alternadeiros. Espera-se que os eleitores se abstenham em massa ou que, quando não o fazem, que votem alternadamente nos “partidos do arco da governação”. O sistema resiste à aparição de novos agentes políticos e premeia os existentes pela sua fidelidade concedendo-lhes benesses que premeiam aqueles que são capazes de irem contra os interesses dos seus próprios eleitores com cargos sumptuosos, bombásticos e esvaziados de utilidade na ONU, FMI, OCDE, BCE, CE, ou outro qualquer malfadado acrónimo do Sistema.
Perante sociedades civis cada vez mais entorpecidas e passivas, os Grandes Interesses afirmam de uma forma cada vez mais poderosa o seu Império, usando os Media para condicionar o pensamento livre e independente e o Medo (pela fome, pelo desemprego, pela crise, pela guerra, etc) como ferramenta para travar a contestação social.
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