
Fragata Bartolomeu Dias (http://www.areamilitar.net)
Portugal está prestes a ver reconhecido o alargamento da sua área de jurisdição no Atlântico, resulta assim irónico e paradigmático que seja precisamente agora que o Governo tenha anunciado o congelamento dos programas de re-equipamento da Armada que eram essenciais ao cumprimento das suas missões.
A desculpa é – como sempre – a questão financeira e a solução “temporária” parece ser o “aproveitamento de sinergias com entidades internacionais (NATO?) E outros países (Espanha?)”.
Comparativamente com os outros ramos, e apesar das duas fragatas Bartolomeu Dias e das três Vasco da Gama, a Marinha tem meios de patrulha muito abaixo (em quantidade, capacidade e modernidade) àquilo que corresponde a exigência imposta pela extensão da zona marítima nacional: o recente cancelamento da construção de seis dois oito navios de patrulha oceânica que deviam tomar os lugar dos mais obsoletos patrulhas e corvetas da Armada vem agravar este desequilibro entre o Deve e o Haver.
Estamos em vésperas de alargar a Plataforma Continental dos atuais 1,7 milhões de quilómetros quadrados para os 3,8 milhões de quilómetros quadrados e tenha-se em conta que mesmo com “só” 1.7 milhões já tínhamos a 11 maior região marítima de águas jurisdicionais! Sem patrulhas nem corvetas dignas desse nome, como assumir a responsabilidade por uma região por onde passa 53% de todo o comércio externo da União Europeia? E não, usar as cinco fragatas e os dois submarinos não é opção: simplesmente não são meios economicamente eficazes para essas missões de patrulhamento e vigilância. Nem são em quantidade suficiente para tais missões numa área jurisdicional tão extensa, de resto.
Fonte:
http://www.publico.pt/Pol%EDtica/serie-mar-portugues-tanto-mar-para-tao-pouca-marinha-1566092
Mas à missão de patrulhamento devemos somar as capacidades da Força Aérea, com 5 P-3C e também C-295 Persuader.
Utilizar 5 navios de guerra e dois submarinos para policiamento marítimo parece-me desadequado.
Comparo essa situação a utilizar um carro de combate para policiamento de Lisboa.
Mas realmente é o que há mas porque permitiram que assim fosse
Por razões politicas.
É verdade: boa comparacao: e não sei qual será a escala de custos entre usar patrulhas e essas fragatas e submarinos mas apos que anda nas bandas do um para dez…
O patrulhamento dessa tamanha área marítima deve ter três vertentes simultâneas, satélite e aérea para sinalização e depois a marinha para intersecção, creio que seria mais barato a Portugal investir num satélite e mandá-lo para o espaço através dos russos do que comprar aviões com especifidade para tal por exemplo, aliás nem sei o que andará a fazer o tal satélite que mandamos para lá talvez já tenha colidido com lixo cósmico ou então os chineses já trataram de o desativar à distância :).
A fase importante deste processo de fiscalização de uma área tão grande é realmente a sinalização e saber exactamente quantas são as embarcações que estão nas nossas águas e sua proveniência, que tipo de carga transportam, etc, e depois sim ter navios de pratulha oceânica rápidos.
Na questão do espaço aéreo o caso já muda de figura porque para uma área tão grande teremos forçosamente que ter na Madeira e Açores bases aéreas para se cruzar as três autonomias de voo insulares e continentais, pois qualquer avião que sai de Montereal ou Montijo o mais que pode ir é até meio dessa área e voltar isto falando de caças de intersecção ar-ar.
O nosso posat nao tinha capacidades de vigilancia e era apenas capaz de realizar comunicacoes de radio… alem de que ja deve estar desativado à muito.
Mas compreendo o conceito e é o razoável, mas dado o aperto e a urgencia do momento nacional está fora de questao lancar um tal satelite.
Se a UE funcionasse esse satelite, alias, seria parte de uma rede europeia, partilhada e mantida por varios paises no ambito da ESA. Se funcionasse.