Quando o “Duque das Privatizações”, António Borges, diz que “o encaixe resultante da privatização da TAP não será muito elevado», então há que perguntar se nesse caso vale mesmo a pena privatizá-la. Ou não? O conhecido ex-funcionário do FMI – despedido por incompetência – vai ainda mais longe na sua aleivosia acrescentando que “o encaixe financeiro não é o principal objetivo da operação”.
Pois não, Borges, não é: o objetivo imposto pela Troika (dominada em dois terços por europeus do norte) é o de desmantelar uma das duas ferramentas que Portugal dispõe para poder alcançar o mundo da diáspora e da lusofonia: a RTP Internacional (também prestes a ser desmantelada por Borges) e a TAP. Sem a primeira, Portugal eclipsa-se da África Lusófona, que segue com grande fidelidade esse canal, sem a segunda, torna-se um país periférico irrelevante nas importantes ligações para a África Lusófona e para a América do Sul.
Borges, como Passos, estão mais preocupados em agradarem a Merkel do que a servirem Portugal, por isso estão dispostos a seguirem caninamente esse plano germânico de desmantelamento de Portugal, sem se darem sequer ao luxo de o mascararem com a alegação de “encaixe financeiro” mas esperando depois a recompensa: um sumptuoso cargo numa qualquer grande instituição internacional que recompense essa fidelidade e traição a Portugal.
Fonte:
http://www.agenciafinanceira.iol.pt/empresas/tap-privatizacao-ana-antonio-borges/1369907-1728.html
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