“O Estado gastou 5.8 milhões de euros com os consultores financeiros e jurídicos que entre 1998 e 2007 estiveram envolvidos na fase de lançamento das parcerias público-privadas rodoviárias e na gestão dos contratos. A maior fatia foi para o aconselhamento financeiro do Banco Efisa, descando-se duas sociedades de advogados no apoio jurídico: a Flaminio Roza e a Jardim, Sampaio, Caldas & Associados, fundada em 1977 por Vera Jardim, Jorge Sampaio e Júlio Castro Caldas.”
Marina Marques
Diário de Notícias
11 de julho de 2012
É inegável que o maior desastre financeiro das últimas décadas foram os sucessivos (e crescentemente ruinosos) contratos das PPPs. A troco de rendimentos absurdos de 15% ao ano durante trinta (!!!) os maiores “empresarios” portugueses desmantelaram as suas indústrias e trocaram-nas por estes rendimentos seguros, mas de lucros especulativos que agora ameaçam a própria solvência da República. Seria de pensar que estes contratos ruinosos foram responsabilidade de politicos ou tremendamente corruptos (comendo assim desta generosa manjedourazi ou incrivelmente incompetentes (devendo ser escorraçados de qualquer lista de deputados, o que, obviamente, não aconteceu…). Os políticos podem ter sido ou ineptos ou corruptos. Ou ambas as coisas. Mas estes “especialistas”, pagos em quase SEIS MILHÕES de euros para “aconselharem” o Estado nestes contratos foram também uma de duas destas coisas?
É crivel que neste cataclisma nacional que são as PPPs os políticos tenham sido ineptos-corruptos e que os “especialistas” tenham deixado que estes contratos tenham sido negociados de forma tão desfavoravel para o Interesse Público?! E se estes escritórios de mangas-de-alpaca foram assim tão colossalmente incompetentes não existem fundamentos para que o Estado (ou a Sociedade Civil) leve os responsaveis destes escritórios a Tribunal exigindo a devolução dessas verbas absurdamente elevadas assim como uma indemnizacao por danos presentes e futuros decorrentes do seu péssimo trabalho?…
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