Apesar dos discursos mais ou menos triunfalistas do governo e dos seus mandantes norte-europeuss da Troika, a verdade é que a execução do Memorando de Entendimento está a correr mesmo muito mal. Não só o orçamento está muito longe de estar equilibrado (como se vê no deslize das receitas no primeiro semestre de 2012), como a Recessão e o Desemprego estão absolutamente fora de controlo.
Obviamente (nunca foi aliás essa a intenção) o problema de fundo que é a existência de uma Dívida Externa monstruosa não só não está resolvido, como (graças aos emprestimos da Troika) ainda se agravou mais: Portugal tem agora uma dívida pública total de 117.7% do PIB (190 mil milhões de euros), ou seja, mais 10% que em idêntico período há apenas um ano atrás!
A situação coloca Portugal como o país com a terceira maior dívida pública da União Europeia, atras da Grécia (132,4% do PIB) e de Itália (123,3%). Ou seja, as doses massivas de austeridade de nada têm servido além de agravarem ainda mais uma situação que à partida já não era famosa. É claro que, de permeio, os sagrados interesses dos credores (os Bancos espanhois, franceses e alemães que detém a dívida portuguesa) têm sido acautelados… e ao fim ao cabo é isso que realmente interessa à União Europeia (dois terços da Troika), certo?…
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