
Garcia Leandro (idp.somosportugueses.com)
Num encontro recente da organização da PASC: Plataforma Activa da Sociedade Civil contava-me que em 1975 estava em Timor, numa fragata ao largo de Díli recebeu uma delegação de Liurai (chefes tradicionais) onde estes perante a iminência da invasão Indonésia lhe perguntaram: “Portugal, não nos vai abandonar, pois não?”
Portugal haveria de os abandonar. Garcia Leandro lembra-se ainda de dois navios fretados para embarcar o máximo de pessoal português daquela que sempre fora a “colónia mais abandonada” do Império e da desilusão que sentiu quando o Conselho da Revolução recusou fretar um terceiro navio e da discussão que teve em Lisboa com o conselheiros a propósito da fuga desordenada, inglória e vergonhosa de Timor à medida que o território se preparava para mergulhar em três décadas de repressão e colonização javanesa.
Um detalhe otimista nas suas histórias: nascida em Timor-Leste, durante a sua comissão de serviço, a filha do general (então apenas major) teria votado no referendo pela independência e assim, desta forma indireta, o general acabaria por dar a sua ajuda na libertação timorense do jugo indonésio…
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