“Os prejuízos das empresas públicas de transportes aumentaram 25.2% entre 2010 e 2011, de 1091 milhões de euros para 1366 milhões. No caso do Metro de Lisboa o prejuízo reportado à tutela contém 585 milhões de euros de perdas relacionadas com pagamentos de juros ou instrumentos financeiros associados (…) A Carris apresentou prejuízos de 30 milho de euros devido ao pagamento de 100 milhões em encargos financeiros.”
Sol, 24 de fevereiro de 2012
Por muito que se cortem as despesas, reduzindo os salários acima da média do setor privado (que os há), reduzindo o serviço ou a qualidade do mesmo ou reestruturando recursos humanos, a evidência destes números é que tudo isso é inútil se não se resolver o problema que asfixia as empresas públicas, assim como asfixia Portugal: a dívida externa impagável.
A situação – cada vez mais gravosa – das empresas públicas aponta na mesma direção para onde aponta a dívida externa da República: a recusa de pagamentos pela via da bancarrota total ou parcial. Os credores que assumam o Risco, com que são tão generosamente remunerados por juros cada vez maiores e que reflitam nos seus balanços os créditos que irresponsavelmente concederam e que Portugal siga em frente assumindo esses credores estrangeiros o essencial do seu erro.
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