
SLS (http://blog.chron.com)
O grande projeto de lançador em que a NASA está hoje empenhada é o “Space Launch System” (SLS). Este foguetão tem sido alvo de muita contestação nos EUA e muitos, como Chris Kraft, um antigo diretor da NASA, acreditam que o projeto está fundamentalmente errado. Segundo ele, o foguetão está a matar (literalmente) a NASA e existem formas mais baratas de ir à Lua e aos asteroides.
Visualmente, o foguetão é impressionante: um núcleo central rodeado de dois boosters de combustível solido. No topo, estará um segundo estádio do SLS, propulsado a combustível líquido e tendo num terceiro nível uma cápsula Orion ou um módulo de carga.
O problema é que o SLS só vai ter o seu primeiro teste de lançamento em 2017, o que não é grave, mas que custara mais de dez milhões de dólares, o que no presente contexto económico se arrisca a ser como um eucalipto numa planície, devorando toda a água e matando toda a vegetação em redor. O plano da NASA é lançar um SLS por ano, com um custo estimado de entre 1.3 a 2.4 mil milhões de dólares cada. Se a isto somarmos mais dois ou três mil milhões de custos de contexto na NASA apenas para manter vivo este programa, então estamos perante uma séria ameaça à sustentação financeira da agência espacial norte-americana e a todos os outros programas que a NASA supostamente deverá manter em simultâneo, como o Orion e a exploração robótica do Sistema Solar.
Como alternativa ao SLS Chris Kraft aponta um relatório, realizado em julho de 2011 e que comparava a arquitetura deste lançador pesado com o recurso a lançadores comerciais (como o Falcon 9 da Space X) para levar até órbitas baixas tanques de combustível espacial que depois poderiam ser usados por naves espaciais para voos até à Lua e mais alem por uma fração do custo do SLS.
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