“A Autoridade da Concorrência está a investigar a campanha da EDP e do Continente, que transforma 10% da fatura em cupões para desconto nos hipermercados da Sonae. Em causa poderá estar o abuso de posição dominante e restrições à concorrência no mercado liberalizado.
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135 mil pessoas aderiram ao plano EDP Continente (…)
A provar-se o ilícito poderia originar coimas elevadas, no limite de 10% do volume de negócios e a proibição da campanha.
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O plano EDP Continente ficou envolto em polémica logo desde o inicio, a 9 de janeiro. A campanha prometia descontos de 10% sobre a fatura da EDP, não especificando logo que a adesão implica um novo contrato, com a saída do mercado regulado para a tarifa liberalizada da EDP Comercial; que os 10% incidem só no valor da fatura antes dos impostos, contribuição audiovisual e taxa de exploração; e que não é um desconto direto, mas a emissão de um cupão para converter em desconto.”
Sol 9 de março de 2012
E faz muito bem. Existe nesta tramoia um nítido abuso de posição dominante por parte da chinesa EDP e desse outro grupo (como a Jerónimo Martins) de fujões aos nossos impostos que são os homens da Sonae. Uma tem uma posição dominante no mercado da distribuição de eletricidade, a outra, no mercado da distribuição. Juntas, querem usar essas posições dominantes para estenderem a extensão dos seus impérios e assim, prejudicar ainda mais os consumidores e os cidadãos deste pais.
A Sonae distribuição é famosa por ter destruído centenas de milhares de emprego e de pequenas empresas ao longo dos anos. De permeio sequestrou inúmeros produtores nacionais com condições draconianas e recusou pagar os seus impostos em Portugal (como fazem os seus clientes). Empresa imoral, por excelência, coligou-se agora com outra empresa sanguessuga, a EDP que sorve milhares de milhões de euros por ano às empresas e particulares portugueses em rendas excessivas.
A Sonae e a EDP têm que ser travadas. Terá a Autoridade da Concorrência força política para agir contra duas das mais poderosas (e impunes) empresas a operarem em Portugal? Duvido, mas espero que sim, a bem da sã concorrência e do superior interesse de Portugal.
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