
Modelo do Kliper (http://www.buran.fr)
A Rússia pretende limpar a ma imagem deixada internamente e internacionalmente por uma série de fracassos (dos quais o Phobos-Grunt foi apenas o mais clamoroso) através de um ambicioso programa espacial que inclui uma missão tripulada à Lua e colocar estações automáticas em Marte, tudo isto até 2030. Este é pelo menos o plano que a Roscosmos vai apresentar este mês ao governo russo…
O plano da Roscosmos inclui a compra de tecnologia de foguetões estrangeira (presume-se que europeia, com quem já existem relações) por forma a recuperar o atraso para com os EUA em certos campos da tecnologia espacial. Assim, por via destas parcerias a Rússia poderia compensar a perda de massa cinzenta registada nas ultimas décadas sem esquecer a necessidade de aumentar a exigência sobre as empresas aeroespaciais russas que têm tido um papel central nos mais recentes falhanços russos.
O plano parece ser apostar no desenvolvimento do Kliper, uma nave reutilizável, capaz de voar até à Lua e Marte, incluindo o voo circum-lunar até 2030 e a alunagem de astronautas nos anos subsequentes. O plano prevê também a instalação de estações cientificas automáticas em Marte em parceria com outras nações.
O plano é ambicioso, mas realizável… Mas depende dos fundos governamentais e do sucesso das parcerias internacionais que surgem em praticamente todas as suas fases. As relações com os EUA estão a aquecer (esquecida que está já a guerra da Geórgia) e as com a ESA europeia no seu ponto mais alto de sempre, com foguetões Soyuz a serem regularmente lançados da Guiana Francesa. Em relação a Marte, a saída da NASA do rover europeu ExoMars abre espaço à entrada dos russos… Há assim boas condições para que estes planos lunares e marcianos sejam bem sucedidos. Esperemos que sim.
Fonte:
http://www.moondaily.com/reports/Russia_sets_sights_on_Moon_Mars_and_beyond_report_999.html
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