A recente subida do Ranking da Grécia pela Fitch em quatro níveis para B- e o sucesso da reestruturação da sua divida demonstra aquilo que dizemos já há muito tempo: as Dividas impagáveis não devem ser pagas e Portugal devem imitar os gregos e renegociar a sua divida.
Os famigerados “Mercados” também o sabem, como de resto, cita a Bloomberg
Que escreve: “os mercados já estão preparados para este desenlace: na sexta-feira os títulos de dívida a 10 anos estavam a negociar com um desconto de 47% em relação ao valor real”.
A Bloomberg conclui que Portugal deve arrancar com a reestruturação da divida, de uma forma muito semelhante à grega. Segundo a agência, Portugal so vai conseguir controlar o seu défice orçamental se reduzir a divida em pelo menos 40% e acrescenta que os Mercados já anteciparam esse movimento, pelo que os impactos tão temidos pelo Governo nos juros perante tal renegociação parecem completamente injustificados.
“Uma convergência assente em três princípios estratégicos: – o principio do reforço da Cidadania: até porque têm sido vitimas da asfixia dos grandes partidos, estes pequenos partidos não podem senão promover esse reforço, o que inclui, entre muitas outras coisas, a defesa das instâncias intermédios do Estado (Municípios e Regiões).”
O monopólio do sistema político pelos partidos não tem – manifestamente – funcionado. Décadas de “rotativismo democrático” produziram pouco mais que o Estado infetado por boys e boyas do bi-partido PS-PSD. A renovação do quadro partidário parlamentar que se observou e observa naturalmente nos outros países europeus nunca ocorreu em Portugal (o BE é a exceção, mas limitada pela existência anterior da UDP) tamanho é o controlo mediático dos grandes partidos e a atávica aversão à mudança dos portugueses. Este quadro artrítico tem que mudar. Tem que haver uma renovação parlamentar e esta – no quadro legal atual – tem que passar pelos ditos “pequenos” partidos.
“- o principio da Convergência Lusófona: cada vez mais pertinente, agora que, como também se tornou evidente para todos, o projeto da “União Europeia”, em que Portugal apostou tudo nestes últimos trinta anos, se encontra em manifesta implosão. Não que o reforço dos laços com os restantes países lusófonos – desde logo, com o Brasil – seja a panaceia para os nossos males.”
Os indicadores económicos, e nestes, o crescimento do PIB mostram de forma cabal e absolutamente insofismável que a integração europeia e, sobretudo, a adesão ao Euro, corresponderam ao período nas décadas recentes de menor crescimento económico. A Europa derramou sobre Portugal dinheiro sem destino ou efeito certo em troca do fim do nosso setor produtivo. Hoje, e desfeito a ilusão de riqueza induzida pelo crédito barato massivo, estamos bem pior que em 1986.
“Arrisco adivinhar que, à luz destes três princípios, mais do que suficientes para compor um programa político consistente e inovador, alguns dos ditos pequenos partidos, mais alguns movimentos que se quisessem juntar, poderiam estabelecer uma Plataforma, a dita “Plataforma Cidadania, Ecologia e Lusofonia”, que seria mais do que suficiente para garantir representação parlamentar.”
Com uma tal Plataforma, alguns pequenos partidos, arredados desde sempre de qualquer possibilidade de representação parlamentar poderiam nesta plataforma obter a tal presença. A democracia – cristalizada – poderia renovar-se através da chegada de novos elementos, de novas propostas e de novos partidos ao principal palco da nossa democracia. Com essa presença, os partidos do bi-partido PS-PSD seria estimulados a regenerar-se (pela via da competição democrática) e novos partidos convidados a surgirem. A democracia renovar-se-ia e o monopólio dos Interesses que hoje rege a República seria ameaçado.
Fonte:
Para a constituição da Plataforma Cidadania, Ecologia e Lusofonia
Renato Epifânio
Finis Mundi, número 3
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