Algumas citações deste vídeo de Miguel Gonçalves:
“Em 2001 houve 18 mil pessoas que terminaram licenciaturas em Portugal. Em 2010 este número passou para 80 mil.” (…) “A regra do mercado determina que a abundância de um produto determina o seu valor. Quando há muito, vale pouco. Ora, nós vivemos atualmente num contexto de inflação académica.
As licenciaturas não são mais que a chave de fendas (na analogia do técnico) que depende de seu utilizador valorizar e transformar num recurso maravilhoso.”
“O nosso problema não é a chave de fendas, que essa é das melhores do mundo. Hoje, competimos em células estaminais com os japoneses. Somos iguais aos melhores e damos cartas no mundo todo. O nosso maior problema é a tradução de valor. Falta consciência comercial e entender que o mercado de trabalho é um mercado de transações.”
“O que interessa se há um match entre o que vendes e o que eu preciso, saber que valor acrescentas à organização. Precisamos de um drive de entusiasmo de força e de energia nas organizações. As empresas precisam de gente que se apaixone, com sede. Temos muita gente fim do dia, fim do mês. É preciso chegar mais cedo e sair mais tarde, querer fazer mais, “não sei mas descubro, mas encontro”. Um estudo recente do MIT demonstra que as pessoas com menos competências técnicas, mas muita mentalidade e foco para resolver foram preferidas em 96% pelos 400 CEO aqui inseridos.
“As empresas usam varias formas de chegar as pessoas e de todas a menos lida é a newsletter, sendo que o cv é a newsletter, e os cv neste momento são spam com taxas de retorno muito pequenas.”
“Se o que estamos a vender (o nosso currículo) não está a ter saída, devemos fazer como as empresas, procurar vender outra coisa. Vejam o exemplo da rapariga que ficou agrafada à ideia de que pertencia a uma “área”, a do seu curso de “artes cenográficas” para onde não encontrara emprego depois de sete anos de buscas… As universidades devem dizer às pessoas que a “área” não é para a vida. “Área” é o que fazes bem, é o que te aquece por dentro.”
“Se forem a uma ATM na Alemanha, reparem que aquilo só dá para levantar dinheiro. Quando falava lá fora do Magalhães que todos os miúdos aqui tinham eles não acreditavam. É isso que nós somos aqui. Mas também somos o país do “um mal nunca vem só”, do “tu sonhas muito vais cair escada abaixo”. Porque existem estes códigos imobilistas que nos botam abaixo?! Não alinhem nesse discurso que bota para baixo! Os gregos diziam que o verbo era o princípio de tudo e que a nossa substância se transforma à medida que nós o dizemos: quando dizes que não acontece, não acontece!”
“O que se faz pela primeira vez faz-se com erro. Só não comete erros o que faz sempre a mesma coisa. O meu avô dizia que “se não os tens a tremer, não está a acontecer.”
“Nós até agora estivemos a educar empregados, gente que olha para baixo, para a sua secretária, mas agora temos que educar empreendedores, gente que quer crescer. O problema não está na falta de Talento, o que nos falta é descaramento, não ter medo de falhar. De facto, nós temos talento como poucos!”
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