“A causa imediata do agravamento das dívidas públicas está relacionada com os planos de resgate dos bancos privados decididos pelos Estados em 2008 e em 2009. Os bancos forçaram os poderes públicos a socorrê-los fazendo-se valer do lugar nevrálgico que ocupam na estrutura geral do sistema capitalista. Para desencalhar os bancos e as companhias de seguros ameaçadas, os Estados, tomados como reféns, tiveram por seu turno que pedir emprestado aos mercados. O que fez acrescer a sua divida em proporções insuportáveis. Somas astronómicas (800 mil milhões de dólares nos EUA, 117 mil milhões de libras na Grã Bretanha) foram gastas para impedir que os bancos falissem, o que agravou ainda mais as finanças públicas.”
O Ano de 2012 será terrível! Divida Pública: Como os Estados se tornaram prisioneiros dos Bancos
Alain de Benoist
Finis Mundi, número 3
Na verdade, o que os Bancos usaram foi bem mais que a sua posição vantajosa na economia, foi antes uma rede clientelar e lobbista muito extensa e que penetra profundamente na classe politica. Tornada subserviente e dependente, a Banca pôde assim reclamar para si uma parcela absurda dos Impostos das populações para salvar o seu rabo e, de permeio, manter os prémios aos seus gestores presentes e passados (mesmo aqueles que foram responsáveis pela presente situação). A Banca ultrapassou assim em muito a posição lógica e racional que devia ocupar na Economia, tornando-se de subsidiária em dominante. Esta posição tem agora que mudar e se tal não suceder, então esta crise não serviu para nada…
O meio termo é uma fonte de virtude. Agora a incoerência disfarçada de meio termo é catastrófica. Nunca o liberalismo foi minimamente praticado. Não sei por que as pessoas o criticam tanto como causa das desgraças. Seria pior? Talvez. O fato é que nuca foi minimamente testado na história recente… Foi sempre um argumento a ser usado quando convém… Algum país deixou os bancos falirem a ver o que acontecia?
O liberalismo na sua forma mais pura já foi experimentado em Hong Kong, não sendo assi, propriamente uma coisa munca tentada. .. por outro lado, não sou conceptualmente contra o liberalismo nem contra o capitalismo. Mas sou contra as suas formas selvagens e defendo um Estado forte e regulador.