
Cabo Verde (http://www.caboverde.com)
Cabo Verde tem uma extensa zona económica marítima mas nenhuns meios para a patrulhar. A cada vez mais frequente presença de arrastões chineses e sul coreanos nas aguas da Guiné-Bissau e, também, de Cabo Verde torna particularmente urgente a formação de meios aéreos e navais de patrulha das águas destes dois países lusófonos e, particularmente, de Cabo Verde. As aguas de Cabo Verde são também usadas cada vez mais frequentemente pelos narcotraficantes que usam a Nigéria e a Guiné-Bissau como plataforma intermédia para os mercados europeus.
Este país lusófono procura assim estabelecer parcerias com o Brasil ou com Portugal por forma a comprar aviões de patrulha naval. Isto mesmo admitiu o porta-voz do Conselho do Ministério da Defesa cabo-verdiano, o major António Silva Rocha, que disse brevemente o ministro Jorge Tolentino iria ao Brasil negociar a aquisição de aparelhos deste tipo ainda em 2012. A Cabo Verde vai também contactar Portugal com a mesma intenção, no quadro do grupo técnico de trabalho com o ministro de Defesa português sobre a Economia do Mar.
Estes aparelhos – provavelmente da Embraer – irão assim reunir-se aos helicópteros de origem chinesa que estão em fase final de negociação. Cabo Verde não tem recursos suficientes para adquirir sozinho estes meios e por isso está em busca de uma parceria lusófona que deverá produzir frutos ainda antes do final de 2012.
Na verdade e havendo esta e a necessidade da Guiné-Bissau e uma total ausência de meios na Guiné e escassa no Cabo Verde o bom senso mandaria que estes meios aéreos deviam ser adquiridos em comum, usados em comunhão, com o apoio logístico português (manutenção, gestão e treinamento) e material (aviões) e financeiro do Brasil. Estes poderiam ser assim os primeiros de uma verdadeira “força aérea lusófona”, rentabilizando ao máximo estes meios, garantindo negocio no Brasil (Embraer) e em Portugal (Ogma) e defendendo a soberania destes dois países lusófonos da África Ocidental aos quais se poderia depois juntar São Tomé e Príncipe, numa fase posterior.
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