
CPLP (linguabrasilcultura.com)
Depois da “Força Lusófona de Manutenção de Paz“, uma das primeiras tomadas públicas de posição do MIL foi a defesa de um “Passaporte Agostinho da Silva” que facilitasse a circulação de pessoas entre o espaço lusófono. Em 2001-2002 a ideia foi acolhida com alguma frieza nos meios de comunicação porque se vivia então um sentimento quase generalizado anti-migrações. Volvidos mais de dez anos, Portugal acolhe hoje menos migrantes lusófonos do que aqueles que tem em qualquer PALOP e no Brasil. Nalguns casos, como Angola, por cada angolano em Portugal, estão quatro portugueses trabalhando em Angola… O “medo” de uma “invasão” africana ou brasileira é assim hoje completamente ridículo, dando assim razão às posições que defendíamos ja em 2001.
Os princípios que nos levavam a defender um “Passaporte Lusófono” são hoje ainda mais atuais. A aproximação de Cabo Verde à União Europeia tem aberto aliás portas que – perante uma atitude corajosa da CPLP – poderiam até levar à fundação do “Passaporte Lusófono”. No mais recente sucesso neste campo, Cabo Verde anunciou que os seus académicos, empresários e artistas terão a partir de 2012 um acesso mais fácil ao território da União Europeia. Esta simplificação dos vistos será feita no âmbito da “Parceria Especial entre a União Europeia” que foi assinada em 2007, mas pode e deve ser alargada a todos os outros países lusófonos, devendo Portugal assumir no seio da União Europeia de uma posição de liderança corajosa e decidida procurando assim alavancar um parceria mais ampla e extensa. Com a extensão da “parceria especial” a outras nações lusófonas Portugal veria assim vencida a barreira potencial que a Europa lançou sobre si, ciosa da exclusividade do seu poder, e as condições para um aprofundamento da CPLP e a fundação de uma “União Lusófona” que não excluísse, antes incluísse a Uniao Europeia saem reforçadas.
Concordo com a ideia de um «Passaporte Lusófono» , Jà ! Como primeiro passo para uma União mais alargada.
é uma das posicoes mais antigas do MIL, com direito a peticao online… E cada vez mais atual, especialmente agora que o “fantasma” da invasao africana ou brasileira se inverteu… E quantas criticas recebemos quando lancamos esta proposta…
Que ideia brilhante !!!
Agradeço a publicação , e dou todo o apoio, em nome da ALDH-Associação Lusófona de Direitos Humanos.
Estou divulgando para todos os amigos de Timor, Cabo Verde, Angola e Brasil.
Obrigado, Gisela!
O tema da Lusofonia será sempre um dos dominantes, aqui pelo Quintus…