Algumas vozes têm-se manifestado contra o Boicote ao Pingo Doce que promovemos através DESTA página no Facebook. Falam estas vozes de que outras empresas do mesmo da ramo da distribuição levaram também os seus impostos para fora do país e citam o Continente e o Lidl como exemplos. E a elas eu digo: e daí? O Pingo Doce está agora a fugir, mas os outros fugiram primeiro? Ou será que a fuga tem eticamente menos valor apenas porque foi prefaciada por outros fujões?… A todos digo: boicote-se! Boicotem-se todos os levam os seus impostos para a Holanda ou para a Alemanha! Querem pagar impostos no norte da Europa? Ótimo, façam-no, mas então não nos vendam os vossos produtos.
Boicote ao Pingo Doce (Jerónimo Martins)
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Pensei começar a seguir este blog com mais atenção, tem alguns temas de interesse. Porém, desmotivei-me, perante esta campanha pseudo-patriótica contra o “pingo doce”, que peca por falta de informação sobre como funciona, hoje, o mercado comum europeu e a globalização económica. Para sua informação, e em linhas breves e simples: a razão pela qual a sociedade que é accionista maioritária da Jerónimo Martins (e não o Pingo Doce nem a Jerónimo Martins) transferiu a sua sede fiscal para a Holanda é pura e simplesmente patriótica. Sim,patriótica, leu bem. Para acompanhar o crescimento da empresa, que daqui a alguns anos pode tornar-se numa autêntica “multinacional”, a Sociedade Francisco Manuel dos Santos tem de assegurar o seu financiamento e o seu potencial de crescimento. A Holanda é, conforme entenderam os seus gestores, o local onde poderá ficar assegurado a continuidade dessa sociedade como accionista maioritária da Jerónimo Martins. Vamos ver se nos entendemos: para a Jerónimo Martins continuar no controle de uma sociedade familiar PORTUGUESA, essa mesma sociedade teve de acautelar o futuro, mudando a sede para a Holanda, onde encontra condições (principalmente a nível de crédito, e muito pouco a nível de impostos) que permitem a continuidade da posição maioritária que detém na Jerónimo Martins. Isto é difícil de perceber? Você preferiria que a Jerónimo Martins ficasse sem potencial de crescimento por ter os accionistas maioritários amarrados, por “patriotismo” de pacotilha, às limitações que as empresas encontram, neste momento, em Portugal? Preferiria que a sociedade fosse obrigada a vender a Jerónimo Martins a investidores estrangeiros? E tudo isto, repare bem, para que a Jerónimo Martins continue na mão de uma sociedade familiar PORTUGUESA: essa é a intenção da sociedade Francisco Manuel dos Santos, declarada publicamente, E o povo vocifera, babando-se de inveja, que querem é “fugir aos impostos” e que não são “patrióticos”. Santa ignorância! Creio que na psicologia chama-se a isto de “projecção”: o mesmo português que vocifera tais barbaridades é, em geral, o primeiro a fugir ao imposto, à taxa ou ao pagamento do que quer que seja – e muitas vezes com alguma razão. É também o mesmo que vai abastecer o carro a Espanha, porque é mais barato. Esse português é também anti-patriótico por “fugir aos impostos” e procurar o melhor preço para assegurar a sustentabilidade da sua vida? Considero estas campanhas ridículas, extremamente mal informadas quanto aos seus fundamentos económicos e, particularmente no seu caso, absolutamente contrárias às ideias de Agostinho da Silva sobre o lugar do português no mundo. Sabia que Portugal e portugueses não significam só as fronteiras deste pequeno território pendurado na periferia da Europa? Se conhece Agostinho da Silva, devia sabê-lo bem.
o patriotismo é algo que na dose certa faz muito bem, não me oponho.
o problema é que este Alexandre Soares dos Santos andou no último ano a dar lições de patriotismo e mostrar à generalidade dos portugueses que somos todos uma grande merda e ele é um fora-de-série, que não o merecemos.
só quem não vê TV é que não sabe, multiplicou-se em entrevistas em 2011 a dar receitas e soluções para vida dos outros.
além demais, ò jlhf1917, é um super-merceeiro que tirando o estupendo Pordata, nada mais tem de notável como empresário.
Bem, so esta aqui quem quer estar e quem nao esta nao precisa estar.
Quanto ao comentario, é demagogico e nao me vou dar ao trabalho de o comentar.
nem a propósito:
http://www.esquerda.net/dossier/clone-um-grupo-exemplar
Um grupo exemplar
Que têm em comum António Barreto, Dias Loureiro, António Borges e Artur Santos Silva? Todos estão na folha de pagamentos da Jerónimo Martins, um grupo exemplar, não só na esperteza fiscal.
opiniao | 11 Janeiro, 2012 – 01:02 | Por Jorge Costa
Lead:
Que têm em comum António Barreto, Dias Loureiro, António Borges e Artur Santos Silva? Todos estão na folha de pagamentos da Jerónimo Martins, um grupo exemplar, não só na esperteza fiscal.
Sobre impostos, estamos conversados. Da riqueza gerada pelo negócio da Jerónimo Martins em Portugal, só a parte paga em salários deveria ser taxada. Fugir para a Holanda é um ato de boa gestão, acumular sem contribuir é a obrigação de qualquer administrador competente. A doutrina de Alexandre Soares dos Santos é distribuída junto à caixa dos supermercados e refinada em editoriais da melhor imprensa.
Mas a Jerónimo Martins tem cadastro pesado também noutros domínios.
Uma máquina de explorar
Alexandre Soares dos Santos é um patrão agressivo com pretensões paternalistas. Em Abril passado, revelou que 1.500 dos funcionários do grupo têm os salários penhorados por dívidas e alguns até roubam nas lojas Pingo Doce para matar a fome. Claro que esse facto não tem relação com o nível dos salários na Jerónimo Martins. Surpreendida, a administração comoveu-se (com grande estrondo público) e prometeu migalhinhas para todos.
De facto, quando a causa é nobre, Soares dos Santos tem as mãos largas. Para acabar com o 1º de Maio lá na empresa, dispôs-se a pagar o dia em triplo e ainda atribuir uma folga a quem fosse trabalhar no feriado. Depois escreveu um panfleto e distribuiu aos clientes, para mostrar que pode comprar o dia do trabalhador.
Soares dos Santos sabe que pode contar com a pobreza daqueles a quem paga. E sabe bem. Do primeiro trimestre de 2010 para o de 2011, os lucros da Jerónimo Martins aumentaram 33%… e concentraram-se no sítio do costume: dividendos à família e remuneração obscena da administração e dirigentes do grupo. Em 2010, receberam 23 milhões de euros, com valores na casa dos 750 mil euros para o presidente do grupo ou para o filho de Alexandre Soares dos Santos.
Apesar das constantes proclamações de “diálogo” e “entendimento”, a administração da Jerónimo Martins pratica pouco: ao longo dos últimos anos, reuniu-se uma única vez com a estrutura sindical. E as queixas desta não são poucas: apesar de os horários dos trabalhadores estarem organizados a seis meses e “afixados para a Autoridade para as Condições do Trabalho ver, os horários praticados são muito diferentes e todos os dias são diferentes”.
O abuso é a regra, mas sendo o abusador quem é, o pior pode estar para vir. Na Polónia, o grupo tem experimentado os abusos laborais que depois importa para o Pingo Doce. Soares dos Santos foi condenado pelo Supremo Tribunal polaco, depois de se queixar de atentado ao bom nome por parte de antigos fornecedores que serviam a rede Biedronka, propriedade do grupo português. Em causa estavam acusações de não pagamento de horas extraordinárias, represálias contra os trabalhadores, dumping, entre outras. O tribunal concluiu em Dezembro de 2009 que “não é proibido formular acusações verdadeiras”. Já no ano anterior, a Fundação de Helsínquia para os Direitos Humanos definia a Jerónimo Martins como “o símbolo do abuso dos direitos dos trabalhadores na Polónia”.
Nas conclusões dos tribunais polacos, segundo o jornal “Rzeczpospolita”, ficou também provado que a rede polaca de Alexandre Soares dos Santos mantinha práticas ilegais em prejuízo dos fornecedores, factos aliás que já tinham determinado duas sentenças do Supremo Tribunal contra a empresa.
Essas práticas são aliás bem conhecidas dos fornecedores portugueses de produtos agrícolas às grandes superfícies. Ainda há dois meses, um representante destes fornecedores explicava como estes grupos obrigam os pequenos fornecedores a emprestar à força: “O distribuidor encomenda num dia e paga, segundo o Banco de Portugal, em média mais de 70 dias depois. O consumidor compra e paga logo, pelo que, entretanto, o distribuidor fica com esse dinheiro. Na Jerónimo Martins este período é capaz de representar 700 milhões de euros a custo zero. E na Sonae são mil milhões”.
Perante a passividade das autoridades, o abuso desta posição dominante acontece também na chantagem sobre produtores dependentes da rede distribuidora concentrada: em Novembro passado, foram conhecidas as chantagens da Jerónimo Martins e da Sonae: a Sonae convidou os fornecedores a comparticipar em 25% uma promoção de queijos; a Jerónimo Martins exigiu um desconto de Natal de 10% nos produtos vendidos em Outubro, Novembro e Dezembro, apesar dos contratos existentes.
Uma máquina de produzir ideologia
Contra a tradição dominante entre os Donos de Portugal, Alexandre Soares dos Santos empenha-se numa forte visibilidade e numa intervenção direta no debate político e até na luta ideológica em Portugal. Com a sua Fundação Francisco Manuel dos Santos, cria protagonistas para o debate, lança eventos, torna-se fonte de dados e autoridade de análises. E coroa como Presidente da Fundação um crónico fabricante do consenso liberal, António Barreto. O Presidente da Fundação defende o governo de unidade nacional (“todos menos o Bloco!”, corrige Soares dos Santos). O Presidente da Fundação junta-se ao patrão e a Mário Soares e lança um manifesto do Bloco Central por uma “maioria inequívoca” de apoio à troika. O Presidente da Fundação cheira o ar dos tempos e vem defender uma nova constituição aprovada em referendo, para acabar com a “carga ideológica” que “obriga a políticas concretas, contrárias à vontade do soberano”.
Tal como no caso de Belmiro de Azevedo, a ladainha de Soares dos Santos inclui sempre a crítica à “mediocridade” dos governantes e até das elites económicas, viciadas na proximidade com os políticos. Mas, tal como o dono da Sonae, Soares dos Santos tem a virtude de frei Tomás. Afinal, no seu círculo íntimo, acotovelam-se figuras de governante-empresário. O ex-secretário de Estado Artur Santos Silva é administrador não-executivo da Jerónimo Martins desde 2004. Nogueira de Brito, secretário de Estado de Marcello Caetano e depois dirigente do CDS, esteve à frente do grupo por mais de quinze anos, até 2004. O seu sucessor como presidente executivo foi Luís Palha da Silva, antigo secretário de Estado do Comércio de Cavaco e diretor da sua última campanha presidencial. O lugar é hoje de um esforçado gestor, promovido a pulso e mérito – Pedro, o filho do patrão, Soares dos Santos.
Cavaco foi aliás visitante ilustre da Jerónimo Martins na Polónia, onde já tinham estado também, no ano anterior, Jorge Coelho e Dias Loureiro. Mas este último é mais que visita lá de casa: enquanto pilhava a Sociedade Lusa de Negócios, Dias Loureiro exercia a presidência da Assembleia Geral da Jerónimo Martins (de 2004 a 2007).
Neste plantel de luxo, não podia faltar a reserva da nação e do PSD, António Borges, administrador não-executivo até transitar para a hierarquia o FMI. Quando se anunciava a chegada da troika, Soares dos Santos já a louvava como “uma bênção”.
A promiscuidade com o poder político é a vida do comendador Soares dos Santos. A parasitagem do trabalho é a sua marca. Em Portugal, a economia e a vida das pessoas está hoje a pagar o preço do domínio desta classe. Os Donos de Portugal são o grande problema histórico que o país tem para resolver.
mais do mesmo: as multinacionais do esclavagismo.
http://www.dn.pt/inicio/interior.aspx?content_id=599485&page=-1
“”Símbolo do abuso dos direitos laborais”, diz ONG
por
nilídia pinto16 Maio 2005
“A Biedronka é hoje, pouco mais ou menos, o símbolo do abuso dos direitos dos trabalhadores na Polónia”. Quem o diz é Adam Bodnar, coordenador do programa de litigação estratégica da Fundação de Helsínquia para os Direitos Humanos, organização não governamental presente em Varsóvia desde 1993, e que tem acompanhado de perto os processos contra a Jerónimo Martins (JM).
Esta imagem assenta em Bozena Lopacka (ver entrevista na página ao lado), a primeira ex-trabalhadora a exigir em tribunal uma indemnização de oito mil euros por 2600 horas extraordinárias. Vista como “o símbolo da luta contra a exploração dos trabalhadores pelo capitalismo selvagem”, deu o pontapé de saída no que se tornaria um processo crescente de queixas por alegados abusos de direitos laborais.
A JM reconhece a existência de 45 queixas, e a Fundação de Helsínquia admite que o número seja esse, dado que “a empresa tem chegado a acordos extrajudiciais mediante, por exemplo, o pagamento de metade das indemnizações “. Refira-se que Bozena Lopacka ganhou o processo em primeira instância, mas o Tribunal de Apelação mandou – por “questões factuais”, diz Bodnar – repetir o julgamento, que não tem ainda data.
Para a Fundação, este é um caso importante pelo “efeito motivador que está a ter sobre outros trabalhadores da Biedronka” e porque “poderá servir de exemplo às restantes cadeias estrangeiras”. Segundo Adam, a dimensão do “caso Biedronka” obrigou, inclusive, o Estado a reagir, “estando em discussão no Parlamento legislação para reforçar as competências da Inspecção-Geral de Trabalho, que praticamente está limitada à aplicação de multas que rondam os mil euros por loja”. Isto apesar de os relatórios das inspecções “terem detectado abusos em cerca de um terço das lojas, a nível da segurança dos trabalhadores, forçados a carregar pesos imensos, e a nível do não pagamento de horas extra”.
A Procuradoria, por seu turno, “deu início a um processo de investigação às práticas de trabalho na Biedronka para apurar se os abusos eram acções isoladas ou constituíam um sistema como forma de potenciar os lucros”, refere Adam Bodnar. “Se isto se provar dará origem a um processo-crime contra a administração da empresa”, diz.
Mas este não é um problema exclusivo da JM. Os responsáveis da cadeia alemã Kaufland estão a ser sujeitos a igual investigação. O próprio inspector-geral do Trabalho afirmou no Parlamento que os seus serviços haviam encontrado irregularidades em mais de metade das visitas feitas a supermercados em 2004. “Foi impossível avaliar a dimensão total dos abusos devido à falta de cooperação dos empregados que temem pelos seus postos de trabalho”, disse, apontando “as pressões das sedes das cadeias para manter o emprego e os custos no mínimo” como uma das causas das irregularidades.”