
Agostinho da Silva (sp1.imgs.sapo.pt)
“É à criança que temos de considerar o bom selvagem, estragando-a, deformando-a, inutilizando-a o menos que nos seja possível, defendendo o seu tesouro de sonho, jogo e criação, a sua espontaneidade e a sua malícia sem maldade, o seu entendimento sem análise e o seu amar do mundo sem a preocupação das sínteses; e foi afinal desta criança feita Deus, ou Deus se revelando, para um novo Evangelho, que nos falou Alberto Caeiro, o poeta que se afirmou no que toca aos jeitos de viver, o mais português de todos os poetas portugueses.”
Agostinho da Silva, Educação em Portugal, 1970
Agostinho da Silva acreditava numa educação livre e sem peias ou cangas castradores ou que limitassem a vocação criadora e inovadora das crianças. Acreditava que importava nutrir a criança que temos em nós, por forma a criar sociedades mais dinâmicas, participativas e criativas. Julgava que as crianças mereciam o mesmo respeito que os adultos, na sua individualidade e direito à diferença.
Comentários Recentes