
George Papandreou (mirror.co.uk)
Quando o primeiro-ministro grego George Papandreou anunciou a intenção de realizar o Referendo sobre o plano de recuperação europeu em finais deste ano ou janeiro de 2012 deixou estupefactos os líderes europeus.
De facto, tal decisão, tomada aparentemente sem sequer dar conhecimento da mesma ao seu Partido e aos ministros do seu governo é muito estranha e lançou os mercados no pânico, já que estes (como todos os que acompanham o que se passa na sociedade grega) acreditam que os gregos nunca votarão favoravelmente um tão duro pacote de austeridade.
Que jogada então é a de Papandreou? Porque coloca em risco todo o árduo (mas insuficiente) fruto de todas as negociações europeias de final de outubro? Pura insensatez? Estupidez? Ou haverá um plano?
Será que Papandreou acredita agora que a Grécia nem consegue pagar os 50% de divida externa que não foram perdoados e que ao forçar um referendo chumbado quer levar o seu país à bancarrota total e à saída do Euro? Alguns dizem que recebeu instruções (e até dinheiro…) para afundar ainda mais a cotação relativa do Euro frente ao Dolar…
Uma coisa é certa: o monstro dual Sarkomerkel está furioso e os finlandeses, pela boca do seu ministro das Finanças (que juntamente com holandeses e austríacos são os cães de fila do G2 europeu) já fizeram saber isso mesmo: referendo chumbado= expulsão do euro.
Fonte:
http://www.jn.pt/PaginaInicial/Economia/Interior.aspx?content_id=2094005
Acho que alguém forçou muito a coleira, tanto que trocaram de cachorro.
abraço
Pois! Deu esse golpe pensando que prolongava a sua vida politica, mas merkozy nao perdou…
O “engraçado” desta situação é a facilidade como as Instituições Internacionais (supostamente comprometidas com a democracia) agora fazem uma guerra cerrada a que a população escolha o seu próprio caminho. Quer haja ou não referendo agora não há é dúvida que os gregos não vão implementar (a classe política pode aprovar legalmente mas isso não quer dizer nada no campo do real) mais uma vírgula do que vier de Bruxelas ou Washington.
Acho que Papandreou comportou-se de uma forma uma estranha não informando os “parceiros” europeus a quem estendeu a mão de que ao chegar a Atenas queria organizar um referendo. Essa uma outra questão, de básica lealdade.
Por conceito, defendo referendos por toda a Europa, onde se aferisse a vontade popular em manter esta europa.
Tenho a certeza de que muitos votariam pelo fim da UE… a começar pelo RU, onde tal referendo quase levou a uma crise política grave, recentemente.
E qual foi a lealdade que os “parceiros europeus” mostraram para com a Grécia? Além de tomarem conta de algumas indústrias, desmantelarem o Estado e quase a apagarem como potência regional? Quando se invocam coisas como a lealdade e a honra (quase primordiais) é preciso 1) saber a gravidade do que se invoca e 2) compreender que são fenómenos mútuos…
sim, foi por ai mesmo, mas não acho que foi de todo modo tão mal assim, conseguiu 50% de desconto, puta descontão.
Ganhou tempo para arrumar a casa, mesmo que seja sob nova administração.
Só vão calotear metade agora, ( calotear será que esse verbo existe?).
Eu caloteava, tu caloteavas, ele caloteava 🙂
Abraço
é verdade. Por aí já ganharam… o problema é que a sua economia não tem condições, sequer, para pagar os 50% que faltam!
não sem se alterarem radicalmente os contextos económicos, e sobretudo, a forma como a Europa deixa que a China arrase com as suas indústrias!