Os piratas somalis têm conhecido no último ano serias dificuldades para levarem a bom porto (literalmente…) as suas operações devido à intensificação das operações das marinhas presentes nos seus mares. Uma das suas respostas foi levaram as suas operações para ainda mais longe, para perto da Índia e, para sul, quase até Moçambique (onde deveriam ter esperando-os navios portugueses ou brasileiros). Mas recentemente, estão a usar outra estratégia: à semelhança dos alemães em 1942 estão a reunir-se em grandes grupos e a realizarem assim as suas ações de pirataria.
Este comportamento já foi observado pelo menos duas vezes. Na última (ao largo da costa eritreia) uma frota de sete embarcações aproximaram-se primeiro de um cargueiro, dois, depois separaram-se do grupo principal, tendo cada um entre 3 a 5 piratas armados, aproximando-se do cargueiro a alta velocidade. O cargueiro conseguiu aumentar a velocidade enquanto a tripulação (com excepção do pessoal da ponte) se juntava numa “sala segura”. Na ocasião, a rapidez da reação permitiu evitar a captura do navio. No primeiro ataque, também junto à Eritreia doze embarcações com 5 a 8 piratas cada aproximou-se de um cargueiro. A tripulação respondeu lançando foguetes de sinalização, o que não dissuadiu os piratas, que só largaram a presa quando os seguranças do navio dispararam munições reais de aviso. Nao sem que disparassem também e seguissem o navio ainda durante algumas milhas.
A nova tática é potencialmente muito perigosa e está a ser usada – aparentemente – por um grupo de piratas ativo no mar da Eritreia. Outra mudança de atitude foi registada com ataques a navios em condições de mar difícil, o que também é uma novidade com a pirataria somali e pode indicar um aumento da sua atividade durante os próximos meses…
Segundo uma ONG internacional em meados de agosto os piratas somalis tinham sob o seu jugo 18 navios e 355 reféns aguardando resgate já que… salvamentos, esses têm havido poucos.
Mas o governo de Moçambique autoriza navios militares brasileiros em suas águas?
Agora, a situação vai se complicar e vai se ampliar pelo Oceano Índico. 😦
Se autoriza sul-africanos… Ja existe muita cooperacao militar na cplp (exercicios felino, p.ex.) e havendo vontade brasileira, Mocambique nao negaria, certamente.
Portugal, ja colabora neste cenario, de facto, ja que neste momento a fragata Francisco de Almeida navega ja nas aguas somalias.
Ponham navios russos e chineses a patrulhar aquelas águas. Não fazem prisioneiros… isso é que desmotiva os piratas.