Nouriel Roubini (http://www.speakersassociates.com)
O economista Nouriel Roubini (que em 2005 foi o primeiro a prever o estouro da bolha imobiliária de 2008) alertou que salvar a Grécia é uma “missão impossível”. O clarividente economista avisou que Espanha é um outro caso de idêntica gravidade, mas cuja queda terá um impacto muito maior na economia mundial, já que Espanha é “demasiado grande para cair, mas também demasiado grande para ser salva”. Este aviso reforça o do comissário europeu da Concorrência, Joaquín Almunia, que avisou Espanha para o fim do acesso aos mercados (e consequente bancarrota ou ajuda internacional) caso o país não consiga cumprir as suas metas orçamentais.
Roubini revelou que a única forma de colocar de novo a economia espanhola a crescer é descer os preços do imobiliário, pelo menos 25% e encetar rapidamente um processo de redução da dívida externa. O economista acrescentou ainda que “É um erro socializar as perdas do sistema financeiro. As dívidas deveriam converter-se em ações” o que significa que cada euro injetado pelos Estados nos Bancos deveria sê-los em troca de ações ou controlo de gestão, algo que não aconteceu nem na Europa, nem nos EUA, durante os resgates estatais a vários Bancos.
O economista alertou ainda para aquela que considera ser atualmente a maior ameaça à economia mundial: a crescente dívida externa dos EUA. Sem que os EUA comecem a pagar esta dívida, cortando com a doentia dependência das importações chinesas e asiáticas não restará aos EUA outra via uma bancarrota que terá consequências inimagináveis para o globo.
Há que renegociar as dívidas externas dos Estados – mantendo a solvabilidade dos Bancos e sacrificando os lucros dos especuladores, reestruturar as dívidas públicas e privadas, restaurando assim as economias dos países globalmente afetados por esta catástrofe antes que ela tenha efeitos duradouros e terminais sobre a economia mundial. Sacrificando os credores, em prol dos devedores e dos Estados, se necessário.
Ou ajudam ou td morrem, e correm o risco da mesma sair do euro., calma q outros tbm teram se ser socorridos……maneiro.sds,
Nao ha dinheiro que chegue no mundo para salvar nem a Belgica, quanto mais a Espanha ou a Italia, as pecas seguintes do domino…
‘E por isso que a bancarrota generalizada e negociada tem que ser a saida.
Uma pergunta que eu faria ao Roubini se eu o visse pessoalmente. Com os seus “poderes de Nostradamus”, pode dizer quando essa crise vai ter um fim e, quais países vão realmente sair beneficiados?
“…não restará aos EUA outra via uma bancarrota que terá consequências inimagináveis para o globo…”
Quer saber uma provável consequência da bancarrota dos EUA? A Terceira Guerra Mundial.
Se salvar a Grécia é uma “missão impossível”, então que a Grécia declare bancarrota de uma vez e saia do Euro. Qual outra saída? Já se sabe que os gregos gastaram muito mais do que podiam, isso é passado e não tem como voltar atrás. O que interessa agora é vencer a crise, salvar o Euro e a UE. O que os governos europeus, principalmente da Alemanha e da França pensam da vida? Os europeus em geral e norte-americanos que façam os banqueiros e os especuladores custearem as dívidas, pagarem as faturas! Não perceberam ainda que a situação da Grécia é de insolvência? Os governos têm que tirar dinheiro de quem tem, e não de quem não tem? Se ficarem insistindo em cobrar de quem não tem, o tempo passa, e o cobrador vai para o buraco junto com o devedor? É uma situação de emergência, de calamidade pública! Concordo que os governos devem ter responsabilidade com gastos públicos, responsabilidade fiscal, prestar contas de cada euro gasto, mas a situação é de emergência, façam os grandes bancos pagarem! Tributem os bancos! O cidadão comum não tem de onde tirar para pagar! Não perceberam isso? A Angela Merkel por acaso que ver o projeto civilizacional pioneiro da União Européia fracassar? Desvalorize o Euro por uns tempos, belanglose Frau! Ajude os países endividados a exportarem mais! Sie sind verrückt, Merkel? Oder Sie sind bösartige?
Nao vi ainda nada de Roubini antecipando o fim da crise… Apenas todos estes avisos para a “tempestade perfeita” de 2013.
A prazo ha apenas uma saida (para a qual alerto. Faz ja bastante tempo) que ‘e a saida do euro (para recuperar competitividade) e a bancarrota parcial da divida em euros remanescente a essa saida/expulsao.
Nos corredores do poder e da banca, todos tem esta certeza, tal ‘e a dimensao impossivel das dividas soberanas, mas os banqueiros e especuladores fazem tudo para travar estas bancarrotas sucessivas porque isso iria por em causa os seus babilonicos bonus.
O que eu reprovo é a forma como a Alemanha está lidando com a situação. Os líderes estão bricando com fogo. Se esquecem que a crise de 1929 permitiu que Hitler subisse ao poder, e a consequência foi a Segunda Guerra Mundial. A Alemanha e a França não são obrigadas a pagar dívidas alheias, mas então desvalorizem o Euro, façam alguma coisa para que países como a Grécia possa exportar mais, possa produzir mais para equilibrar as coisas.
Os europeus do norte podem até reclamar, descordar de ajudar os endividados. Mas amarrar os do sul numa situação sem saída, aí já é abuso de poder, é covardia.
A Alemanha esta a ser estupida… Se algum pais do euro declarar bancarrota, o euro afunda-se e com ele a estrategia (e beneficios) de manter a moeda na sua exageradamente alta cotacao.
Recusar a desvalorizar o Euro é semelhante a uma pessoa que empresta ao seu devedor para poder receber dele.
Exemplo:
Eu tenho um amigo que eu lhe emprestei uma quantia generosa de dinheiro para ele montar o seu próprio negócio e trabalhar, mas ele gastou prodigamente em diversões e futilidades. E o tal está desempregado e sem salário, sem ter como receber, nada além de prestar pequenos serviços para ter ao menos o almoço. Eu tenho credibilidade do mercado para indicá-lo a um emprego para que ele possa me pagar o que me deve, mesmo que por parcelas mensais, mas em vez disso eu prefiro eu mesmo emprestar mais para ele poder me pagar o que já me deve, e com juros cada vez mais altos. Como se chama isso?
É parecido com o que a “troika” está fazendo. Se o meu devedor está desempregado, não tem como me pagar, mas sei onde há vaga de emprego, diante de um juiz ele vai declarar que concorda em começar a me pagar assim que receber o primeiro pagamento, por parcelas, até que consiga pagar tudo o que deve. Mas se quero receber o que ele me deve, e para isso eu empresto mais ainda só para ele me devolver e com juros mais altos para que ele me deva mais ainda, é má fé da minha parte. Ele gastou o primeiro empréstimo de forma errada, a culpa é dele. Mas se ele quer consertar o erro e eu sirvo de obstáculo para mantê-lo me devendo, aí a culpa passa a ser minha.
Mas os alemaes jamais aceitarao descer o valor do “seu” euro, ja que isso conforma na exatidao com o seu tipo de economia e todos os papalvos que eles arrastaram para a sua moeda que se danem!
Por isso ‘e que importa sair do euro, quanto antes e declarar moratoria e recusar pagar juros especulativos, ou seja, declarar a bancarrota parcial: pagamos o que nos emprestaram mais os juros que paga hoje a Alemanha.
É discordar! 🙂