Wolfgang Schäuble (http://www.dradio.de)
Numa declaração que espantou os céus e as terra até ao mais fundo das suas entranhas, Wolfgang Schäuble, o ministro alemão das Finanças disse que o seu país estaria “contra uma eventual reestruturação ou renegociação da dívida da Grécia”, que começa a ser equacionada com cada vez mais frequência pelos economistas e agora até por alguns responsáveis europeus. A opção alemã decorre não da aplicação de qualquer conceito abstrato ou da defesa do “interesse europeu”, dos “povos irmãos da Europa”, nem sequer da “defesa da moeda comum”, mas muito rasteiramente do facto de a maior parte da dívida grega que seria assim reestruturada (adiada ou simplesmente perdida) ser precisamente de bancos… germânicos.
O ministro alemão em vez da reestruturação preferiu “mais paciência e criatividade” na solução da dívida grega, referindo-se obviamente à necessidade do aprofundamento dos sacrifícios dos povos periféricos para que os banqueiros e especuladores alemães não percam os seus chorudos lucros que julgaram assegurar ao emprestar dinheiro de forma descontrolada e irrazoável aos países da periferia do euro.
O ministro alemão tem contudo razão num ponto: a reestruturação da dívida grega, vai levar ao afastamento deste país dos mercados financeiros durante décadas e levar à sua consequente saída do euro (como aliás também já sugeriu o comparsa de Merkel, Sarkozy). A saída do euro da Grécia traria inevitavelmente – por contágio – a reestruturação da dívida externa dos outros países em dificuldades e com elevada probabilidade acabaria por arrastar a prazo também a Bélgica, Itália e Espanha pelo mesmo caminho, abalando assim de forma fatal a própria base do edifício europeu. A crise de 2008 pareceria pequena em comparação com este cenário e os seus efeitos no edifício financeiro global, fatais. O mundo que se seguiria a esta grande tormenta não seria o mesmo que – bem ou mal – conseguiu atravessar a grande crise financeira de 2008 e a Europa sairia completamente fragmentada, forçando os países periféricos que a compõem a buscarem novas vias estratégicas.
Fonte:
http://www.dn.pt/inicio/economia/interior.aspx?content_id=1861913
http://sicnoticias.sapo.pt/mundo/2011/06/05/dezenas-de-milhares-nas-ruas-de-atenas-contra-austeridade
Poucos… Para um pais que caminha a passos largos para se tornar numa colonia alema.
Onde esta o espirito dos povos?
Entorpecido pelos mass media e pelas multiplas formas de entorpecimento hoje implantadas?
CP
Eu nunca acreditei e ainda não acredito no Comunismo, apesar da União Soviética ter se tornado superpotência mundial no passado. Mas de uma coisa estou convencido. O Capitalismo precisa ser reformado com urgência. E não só na Europa, nos EUA, Japão, China… mas em todo o planeta, inclusive no Brasil. Na verdade, o sistema capitalista, da forma como funciona, está levando a humanidade à ruína, e até espécies à extinção. Querer lucro, querer prosperar, é aceitável. Mas a qualquer custo, e por qualquer meio, não! Não é aceitável. E a pior desgraça pra a humanidade é a formação do governo mundial. Aí, a liberdade dos povos acaba de vez. Mas se as nações não entrarem em acordo, pra preservar o que ainda resta das florestas, da fauna, o clima, e o bem-estar dos cidadãos comuns dos países, pararem de dar lucro a banqueiros improdutivos e especuladores, e passarem a respeitar o mérito do capital produtivo e dos trabalhadores, aí a humanidade vai comprovar que merece ser oprimida e escravizada por uma ditadura mundial, pois não é capaz de acordar e de ter bom senso.
Sem duvida. Se o capitalismo nao se renovar rapidamente (e ja o fez no passado) esta tendencia atual para o “governo das corporacoes” e para o declinio da cidadania e da democracia ira agravar-se e fundar ditaduras reais com aparencia democratica um pouco por todo o mundo.
A tendencia esta ai, para quem a quiser ver… Por exemplo na resistencia notavel a qualquer forma de re-regulacao do sistema financeiro apos o crash de 2008…
Quando os Gregos decidirem cortar nos tachos que abundam aos milhares na função publica grega , nas suas empresas publicas e afins , então a Grécia passará a ter condições para pagar o que deve aos seus credores , acontece que os políticos Gregos e seus respectivos interesses cooperativos não querem mexer nos seus tachos e nos seus ” direitos adquiridos ” , os gregos , tal como os Portugueses , têm que se consciencializar que a teta da vaca da união Europeia secou e com tal terão que mudar de vida , ou seja , produzir mais , serem mais sérios no trabalho e deixarem de viverem de esquemas e de chico-espertismo , se eu fosse Alemão também não iria querer alimentar as mordomias de milhares de Gregos e de Tugas que nada produzem e que tudo mamam ( militares , juízes , políticos , func. públicos , empresas estatais etc etc… ) .
PS : Não acusem os Alemães de racismo pelo facto de eles não quererem sustentar chicos-espertos , eu sou Tuga e tambem estou farto de os sustentar .
Enquanto isso na Islândia…
http://economico.sapo.pt/noticias/islandia-exprimeiroministro-julgado-por-negligencia_120115.html
http://sicnoticias.sapo.pt/mundo/2011/06/07/islandia-comeca-a-julgar-anterior-primeiro-ministro-por-negligencia
http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM1534294-7823-ISLANDIA+PODERA+SE+RACHAR+AO+MEIO+DIZEM+OS+GEOLOGOS,00.html
… a luta e o exemplo continuam, abafado pelos meios de comunicação social nas mãos do capital e dos governos: http://www.ionline.pt/conteudo/113267-islandia-o-povo-e-quem-mais-ordena-e-ja-tirou-o-pais-da-recessao
Estes islandeses arriscam-se a subirem para o meu pilar pessoal de idolatria…
Estao a agir corretamente no que concerne a reacao ‘a crise financeira e todos deviamos estar a seguir o seu exemplo.
Mas nao, seguimos o exemplo do sabujismo em relacao aos ditames franco-germanicos: em suma. Estamos lixados enquanto nao seguirmos o exemplo islandes!
Não me refiro a “Europeus do Norte” em geral, mas especificamente a Dinamarca, Suécia, Noruega, Finlândia e Islândia. Ainda acho os Nórdicos modelos para o resto do mundo.
http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1570550
Os Suecos e os Islandeses em especial, têm dado espetáculos de Democracia.
Os Deputados da Suécia sem luxo, o ex-Primeiro Ministro da Islândia levado a julgamento.
Quem me dera que, na forma de tratar os políticos, os Brasileiros fossem como os Suecos e Islandeses!!!
Sim, não posso deixar de reconhecer que em termos de civilitude e democracia, os eslavos dão cartas.
Nos os latinos (em geral) temos em nos as matrizes dos regimes autoritários (de Franco a Salazar, passando por Mussolini) enquanto que eles tem regimes democráticos continuos assentes numa população educada e esclarecida.
Estamos a chegar la, faltando-nos ainda a mesma escala de exigencia dos eleitores, razão pela qual os elevados níveis de abstenção em Portugal me deixam tao frustrado.
CP
isso e muito mais, organização, culto do trabalho, da poupança, do investimento, do risco, responsabilidade, culto da autonomia individual, a vaidade não é incentivada…
essa condescendência e simplicidade para explicar o atraso e os atavismos endémicos dos latinos é de auto-irresponsabildade. as causas são muito mais profundas.
Odin
se esses não são os europeus do norte então deves estar a falar das focas e das morsas no Polo Norte, não???
😉
Essa ‘e uma visao muito romantica dos meritos dos germanicos que esquece todos os seus (numerosos) defeitos.
Como ja o disse nao reconheco superioridade inteletual, moral ou cultural a ninguem sobre o meu povo, e muito menos aos germanos.
Somos iguais a eles e esse ‘e tradicionalmente o grande defeito germanico: a profunda e subconsciente crenca de que essa superioridade lhe cabe, especialmente sobre os povos do sul da europa.
Novidades
http://economico.sapo.pt/noticias/alemanha-assume-querer-reestruturacao-da-divida-grega_120223.html
Pois claro… O tabu deixa de o ser perante a evidencia dos factos de que jamais os gregos tem condicoes para pagar a divida externa, sobretudo com os sucessivos pacotes de austeridade que lhe estao a aplicar.
Sim, em termos de Democracia, os nórdicos dão as cartas. E é de longa data. Apesar de “bárbaros”, eles tinham um sistema de monarquia eletiva, e os seus reis sempre foram mais próximos ao seus plebeus do que os reis do Mediterrâneo aos plebeus deles. O que os povos de matriz latina precisam é de parar de delegar o poder a terceiros que só legislam e governam e causa própria, e passarem a Democracia Participativa. Os povos só vão adquirir experiência com a prática. Nos referendos,vão tomar muitas decisões erradas no início, mas vão aprender com os erros e melhorar com o tempo. Na minha opinião, após um Parlamento votar uma lei, o Chefe de Estado não deveria poder sancioná-la sem o povo aprovar por referendo antes. A palavra final tem quer ser do povo, ou é uma Democracia de mentira.
Bem isso seria pouco pratico, especialmente em Portugal onde produzem tantas (demasiadas) leis…
Mas com voto eletronico (de que tenho grandes suspeitas) seria possivel implementar essa forma de democracia direta que me agrada muito.
‘E claro que ha sempre o problema de somente pessoas informadas e educadas poderao votar nos referendos em boa consciencia…
É que quando dizem “europeus do norte”, costumam incluir a Alemanha, a Holanda, a Bélgica, o Luxemburgo (que é outro bom exemplo), a França e o Reino Unido também. E eu interpreto que “a balança” é mais favorável ainda aos escandinavos e islandeses. Eu acho que são os exemplos mais próximos da perfeição para os tempos atuais.
Em “europeus do norte” sigo a linha de Agostinho que coloca nesse grupo todos os europeus com excepcao de PortugalN Espanha, Franca do sul, Italia do sul e grecia.
Ok! Eu apenas quis destacar a Dinamarca, a Suécia, a Noruega, a Islândia e a Finlândia como excelentes exemplos para o mundo e, excluir a Alemanha, a Holanda, a Bélgica, a França e a Inglaterra. Considero os escandinavos e os islandeses exemplos melhores que os alemães, franceses, ingleses… De igual forma nas Américas, considero o Canadá um exemplo melhor do que os EUA. Só isso.
E não. Não acho que a vantagem seja racial ou étnica. Para mim, não existe nenhuma raça ou etnia superior às demais. Mas quando se trata de cultura, a conversa muda. Há aspectos nos quais um determinado grupo tem vantagens. Por exemplo, os judeus costumam ter excelentes cientistas (ou investigadores como vocês preferem). Os gregos legaram excelentes filósofos ao mundo no passado. Os nórdicos de hoje são os melhores exemplos de Democracia no mundo, assim como os suíços. O povo islandês tem opinião própria, não estão preocupados em agradar aos outros países europeus, e nem com a opinião de terceiros a respeito deles. Simplesmente não deixam o grande capital internacional e nem o “deus”-mercado “enrabá-los”. Não são bobos. Não se ajoelham diante dos magnatas do mercado. Você percebe o porquê do meu tão grande respeito pelos nórdicos?
Sim, claro… Ou nao tivesses tu esse nickname! 😉
A proposito sabes que ha umas boas trinta palavras vikings na atual lingua de Camoes?…
A mim o que mais me espanta ‘e o facto dos paises escandinavos serem no seculo xix ainda mais pobres do que os do sul da europa e agora estarem consideravelmente mais acima em todos os indices…
enrabá-los??? será nórdico???
à Lusitano é enrabá-las!!! 😀
arf, arf!!!
😉
CP
Não! Não sabia. Li uma vez a muito tempo que a palavra “guerra” foi trazida pelos visigodos para a língua portuguesa. E que o Minho principalmente recebeu alguns povoadores víkings na época dos suevos. Será? É que os suevos deixaram pouquíssimos relatos de sua história a posteridade. 😦
Na verdade, há uma outra razão. Não generalizando, mas muitas mulheres nórdicas são lindas e boas, em especial as suecas. 😀
Otus scops
Na língua mais próxima do norreno, também conhecido em inglês como old norse, que é o islandês, o termo é “sodomize”. Como o termo é evidentemente de origem grega, talvez a prática era desconhecida entre os vikings. 😀
Quanto ao significado de “enrabar” como “exploração econômica de um povo”, aprendi com comentadores portugueses, inclusive aqui no Quintus. 😉
‘E isso mesmo. Guerra vem do germanico werra (war ingles), seria de esperar que o portugues (que basicamente ‘e o latim vulgar ou popular) seguisse o latim bellus, mas a opcao por werra resulta da presenca visigotica e suevica, certamente.
Nao me recordo de nenhum exemplo de palavras vikings no portugues moderno, mas sei que eram essencialmente palavras ligadas as atividades navais.