“Quanto custa à PSP e ao Estado o policiamento de um jogo de futebol de grande dimensão? É preciso analisar de uma vez por todas o esforço que o Estado e os contribuintes têm de pagar as despesas diretas e indiretas destes eventos, mas também os prejuízos causados à Polícia na gestão de recursos humanos”. (…) “O que os clubes pagam, será sempre uma gota de água no contexto da despesa global, desde a programação à execução do jogo.”
“Em causa está o facto de os clubes pagarem apenas o efetivo que a PSP destaca para o interior do recinto e acessos – entre 200 a 300 elementos num jogo de alto risco – deixando todas as operações no exterior a cargo da Polícia.” (…) “É preciso rever os valores, os clubes devem pagar o mesmo que qualquer empresa. (…) E muitas vezes são fruto de declarações conflituosas trocadas entre os responsáveis dos clubes, que instigam a violência das claques”. (…) “Só uma escolta às claques feita pelo Corpo de Intervenção que pode envolver perto de 300 elementos custaria cerca de 28 mil euros por jogo. (…) fora do estádio, os 300 elementos nada mais recebem, pois estão no período normal de serviço. (…) muitos deixam de ter fins-de-semana (…) um jogo prepara-se 15 dias antes. Gasta-se muito tempo e dinheiro na recolha de informação, em vigilância, combustível e viaturas. E é também o Estado que paga os danos provocados em veículos, se ninguém for identificado”.
Sol 6 de maio de 2010
Numa época em que 800 mil crianças perdem o abono de família e que os mais pobres vêm severamente reduzidas as suas contribuições sociais este tipo de desperdícios de ESCASSOS recursos públicos para o corrupto, turvo e maléfico “Mundo da Bola” são absolutamente escandalosos. Não é possível compreender como é que têm que ser os nossos impostos a sustentar estas máfias do futebol e a pagar os polícias (desviados, de resto, de atividades socialmente mais úteis) que são obrigados a manter estes claques compostas de criminosos, perigosos indivíduos e (escandalosamente) financiadas quase sempre pelos próprios presidentes dessas autênticas organizações mafiosas que são os grandes clubes de futebol.
Nem mais um polícia para estes jogos de futebol. Nem pais um cêntimo dos meus impostos para a segurança destes jogos. Impõe-se moralidade na despesa, nestes tempos difíceis em que vivemos e gastar dinheiro desta forma com clubes milionários que pagam salários babilónicos aos seus jogadores não devia ser uma prioridade, mesmo se o grosso da população (imbecilizada pelos media e pelas paixões clubísticas) não se escandaliza com este desbarato de recursos dos seus impostos.
As claques devem ser proibidas. Os presidentes dos clubes detidos sempre que pelas suas palavras acirrarem a confrontos ou à destruição de propriedade pública ou privada. Em cada nova perturbação da ordem pública os responsáveis pela mesma (e os dirigentes) devem ser detidos e responsabilizados pelos saques, destruições e violências diversas que praticam com tanta frequência e impunidade. A doce complacência das autoridades policiais tem que cessar e um período de responsabilidade tem que começar recuperando a ordem pública, o espírito social e cívico e a Lei onde elas rareiam: o Mundo da Bola.
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