No sul insular, mais especificamente nos Bijagós e na ilha de Bolama assim como em todo o litoral adjacente. A ameaça europeia à presença portuguesa era constituída pelos britânicos, a maior potencia militar e económica da época. A disputa por Bolama foi muito intensa, abeirando-se da guerra em diversos momentos, sendo finalmente resolvida a favor de Portugal pelos esforços de António José de Ávila, que receberia em razão dos mesmos o título de Duque de Ávila e Bolama. Foi José de Ávila quem conseguiu com que o presidente dos Estados Unidos, Ulysses S. Grant, em 1870, tomasse o partido luso e pressiona-se o Reino Unido a abandonar a ilha, um auxílio que resultou de muito do comércio guineense estar dependente de alguns navios americanos.
Mas as fronteiras coloniais não estavam ainda estabelecidas a norte e a oriente. É só em 1886 que França recebe a região de Casamansa em troca de Quitafine (no sul) e a fronteira com os territórios sob administração francesa é reconhecida.
Tendo em conta a fragilidade da presença portuguesa (apenas duas fortalezas, uma das quais: Cacheu em obras permanentes) e uma força militar europeia que até meados do século XX era formada apenas por algumas dezenas de degredados o reconhecimento das fronteiras da Guiné Portuguesa por parte de França e Inglaterra foi um notável feito da diplomacia portuguesa da época.
Firmadas as fronteiras com as potencias europeias, Portugal começa, a partir de finais do século XIX, uma série de “campanhas de pacificação” onde sobressai de forma destacada o génio militar e organizativo do governador João Teixeira Pinto, que com escassos meios, mas com grande habilidade e diplomacia consegue agregar em torno das forças portuguesas aliados locais que lhe permitem estabilizar a colónia e firmar o domínio luso sobre a mesma.
Até 1879, a Guiné Portuguesa era administrada como uma dependência de Cabo Verde, tendo sido só então que passou a ser regida de forma autónoma do arquipélago.
Datam das primeiras décadas do século XX as primeiras campanhas conduzidas pelas forças portuguesas contra as tribos independentes do interior, tendo então os governadores dependido totalmente de forças indígenas. Só em 1936, contudo, é que todo o território ficou sob a efetiva administração portuguesa, quando todas as ilhas Bijagós foram submetidas.
É neste período que se constroem estradas e algumas pontes e a Casa Gouveia (do grupo CUF) se estabelece em Bissau. A capital da colónia em 1941 muda de Bolama para Bissau, que na época era já a capital económica da colónia.
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