“Os excessos na concessão de de crédito na última década apanharam os Bancos em falso quando rebentou a crise da divida na Zona Euro em maio de 2010, que lhes fechou os mercados de financiamento. Com uma carteira de créditos muito superior à dos depósitos, o dinheiro começou a escassear e o sector passou a ser financiado em exclusivo pelo BCE.”
Sol 8 abril 2011
Portanto, vamos a ver se percebo: os Bancos emprestaram muito acima do que era razoável, propulsando o crescimento de uma bolha imobiliária de proporções que ainda hoje são no essencial, desconhecidas. A concessão desbragada de crédito (muito por culpa de sucessivos desgovernos do bi-partido) obrigou ao recurso a empréstimos ao estrangeiro por parte da Banca nacional. Com efeito, a parcela maior desta agora tão badalada “dívida externa” pertence efetivamente ao crédito imobiliário, não pertence às loucuras hiperconsumistas (carros, plasmas, viagens, computadores, etc), pertence aos excessos da Banca portuguesa. Foi ela que desceu os Spreads abaixo de tudo o que era razoável colocando o país na situação terrível – de perda de Soberania! – onde ele se encontra hoje!
Se foi a Banca que nos levou até aqui, porque não lhe cabe agora uma parcela dos sacrifícios que os nossos “amigos” europeus nos fazem agora sofrer? Porque não são os Bancos destes “amigos” europeus também a assumir a sua parcela de responsabilidade por esta explosão do crédito que infetou a Europa desde começos da década de 90?
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