
Carlos Gomes Júnior (http://www.africanidade.com)
“Na visita que fez aos EUA no âmbito da missão da ONU conseguiu um apoio de 16.8 milhões de dólares. Atingiu os objetivos?
– A missão correu da melhor maneira, graças ao apoio que tivemos do Governo português e de todos os países da CPLP, porque permitiu desanuviar uma certa tensão que se prendia com a reunião de 29 de março com a União Europeia.” (…) “O facto de termos conseguido um perdão da dívida externa na ordem dos 90% demonstrou o empenho do Governo, todo o esforço na consolidação da paz.”
Entrevista a Carlos Gomes Júnior
primeiro-ministro da Guiné-Bissau
Sol 1 de abril de 2011
A situação na Guiné-Bissau segue sendo a mais grave entre todos os países da Lusofonia. A Guiné nunca conseguirá sozinha erguer a cabeça da situação onde atualmente se encontra. O perdão da dívida externa guineense exemplifica bem a este respeito o que pode a comunidade lusófona fazer em prol dos seus membros em dificuldades, pela simples via da pressão e influencia diplomática.
Muito mais poderá ser feito se a Guiné der provas decisivas de que consegue aproveitar a presença de polícias e militares angolanos para sanear o seu exército de todos os militares ligados ao narco-tráfico e começar a enfrentar as máfias colombianas e nigerianas que controlam o narcotráfico na Guiné-Bissau. Para isso é também preciso ajuda dos países da CPLP, especialmente no patrulhamento dos mares e ares guineenses… mas para isso é preciso que o governo guineense peça esse auxílio. E isso ainda não aconteceu.
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