A Guiné Bissau é hoje um dos países mais pobres do mundo. O essencial da sua economia encontra-se no setor primário, assumindo especial importância as culturas do caju (que se tem desenvolvido muito nos últimos anos), sendo atualmente este país lusófono o sexto produtor mundial. A Pesca tem também bastante importância económica, sendo uma fonte importante de divisas e de alimentos para a população local, mas a sua exploração foi arrendada ao Banco Mundial em troca da cedência de combustível durante dois anos para alimentar os geradores que (teoricamente…) fornecem a débil e instável rede pública de eletricidade entre as 7 da manhã e as 7 da noite.
A doca de Bissau – com os seus edifícios da época portuguesa, guarda muito simbólica no portão e imensa atividade comercial de todos os tipos, mas sobretudo de venda de peixe fervilha de atividade, mesmo às sete da noite. Os guineenses consomem muito peixe e carne de duvidosa conservação e vendida em bancas no mercado de Bandim em condições de higiene muito duvidosa…
O amendoim também é produzido em quantidades muito apreciáveis e é exportado em certos números. Assim como a palma e madeiras, que são nomeadamente alvo de grande interesse chinês, tendo havido inclusivamente ofertas para reconstruir o antigo Palácio do Governador Spínola, destruído em 1998 em troca da cessação desses direitos de exploração. Todos estes produtos – em quantidades e qualidades muito diversas podem ser adquiridos no muito povoado e dinâmico mercado de Bandim, o qual de resto está hoje muito melhor porque o tráfego automóvel quase deixou de circular aqui devido às grandes obras que aqui decorrem com recurso a algumas (raras) máquinas escavadoras e a (muita) mão-de-obra humana e quase totalmente desprovida de material além de pás, carrinhos de mão e picaretas.
O principal alimento da Guiné Bissau é o arroz, base de toda a alimentação local, mas produzido em números insuficientes para as necessidades locais, o que torna este país lusófono num dependente crónico das importações deste importante alimento.
O milho, o feijão, a mandioca, a semente de palma e o algodão também são produzidos, mas em quantidades insuficientes para satisfazer as necessidades locais.
A guerra civil de 1998 destruiu quase totalmente as infra-estruturas que já antes eram muito insuficientes. No ano da guerra, o PIB caiu 28%, recuperando apenas parcialmente no ano seguinte.
Nos anos que precederam a guerra de 1998, contudo, a Guiné-Bissau parecia ter boas perspetivas. Um programa ambicioso de reforma do Comércio e a liberalização dos preços ao consumidor dinamizaram a economia local e a iniciativa privada.
A Guiné tem também algumas riquezas mineiras, sobressaindo entre estas o petróleo e os fosfatos, mas os seus elevados custos de exploração têm inviabilizado a sua exploração, isso contudo, pode vir a mudar brevemente se o preço do barril de petróleo continuar a subir.
Alguns números de 1999:
PIB 1.1 mil milhões de dólares
Crescimento per Capita 9.5%
PIB per capita: 900 dólares, sendo um funcionário público médio remunerado em menos de 64 euros mensais
População abaixo da linha da pobreza: 50% (1991)
Desemprego de 50% (2010)
A dívida externa em 1997 ascendia a 921 milhões de dólares.
A eletricidade da Guiné-Bissau tem como única fonte o diesel, sendo a sua produção da responsabilidade da EAGB que procura assegurar o seu fornecimento (de forma intermitente) entre as 7 e as 19. Até 2010, o fornecimento de diesel foi oferecido (40 mil litros) pela Líbia, a partir de 2010 esse combustível passou a ser fornecido pelo Banco Mundial em troca da cedência de áreas piscícolas.
A mortalidade masculina é de 46 anos e a das mulheres 51 com uma taxa de fertilidade de 5.27.
As etnias mais numerosas da Guiné são os Balanta 30%, Fula 20%, Manjaca 14%, Mandinga 13%, Papel 7%. Estima-se que existam menos de 1% de europeus vivendo na Guiné.
Fonte Principal:
http://www.africa.jocum.org.br/bissau/economia/economia_bissau.htm
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