
Manuel Ferreira Patrício (http://www.ensino.eu)
“Hoje, a União Europeia é inimiga fidagal da postura nacionalista. Com tal posição se opõe a uma alta tradição de poetas, escritores e artistas portugueses que realizaram uma obra ímpar de expressão nacional. Lembro Pascoaes, Pessoa e Almada – três extraordinários poetas e artistas cultores da nacionalidade portuguesa.”
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“Hoje o português vive de costas viradas para si mesmo, tem vergonha de quem foi, recusa-se a dizer quem é, não tem projeto para ser alguém no futuro.”
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“o que veio a acontecer foi que se chegou a um investimento na não-identidade, a pretexto da declarada magna importância de uma ilusória supra-identidade (europeia, socialista, democrática…)”
Manuel Ferreira Patrício
Número 6
Revista Nova Águia
A construção daquele monstro sem nome e rosto a que os eurocratas e os seus lacaios do Paço gostam de chamar de “edifício europeu” passa precisamente pela desconstrução do conceito de “pátria” ou “nação”. Para que este constructo arquitetado pelos conspiradores de Bilderberg e de outros governos-sombra mundiais possam cumprir os seus propósitos há que despersonalizar cada cidadão europeu, fazendo-o esquecer da sua identidade nacional e diluindo-o numa entidade difusa e anacional, num feixe de interesses economicistas e egóticos de curto prazo. Um bom “europeu” será assim sempre um bom consumidor, um personagem cinzento a quem interessa apenas a manutenção dos seus elevados padrões de consumo e a quem é indiferente o destino do mundo e dos Outros.
Quanto mais desmemoriados estiverem os povos quanto ao seu passado e identidades nacionais, melhor se cumprirão os planos dos federalistas… quanto menos História e menos Língua e personalidade cultural, melhor se anexarão todos os europeus segundo esse formato cinzento da “Europa do ferro e do aço”.
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