
Gabriela Canavilhas (www.musicatlantico.com)
“Em entrevista à RTP2, falando do mecenato praticamente inexistente, disse Gabriela Canavilhas: “Olhe, dou-lhe um exemplo: o grupo Amorim, que é o maior grupo empresarial português, não tem uma Fundação, nada, nenhuma espécie de investimento no desenvolvimento cultural do país”.
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“a ministra mostrou que, sobretudo, que um governamente deve, além de ser exemplo, dar exemplos, isto é, chamar os bois pelos nomes.”
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“Há dois problemas de fundo na Cultura em Portugal. O mais antigo é a prevalência de uma mentalidade provinciana de dono da quinta em muitos gestores culturais, públicos e privados. O mais grave é a indiferença que a maioria dos grandes empresários manifesta pelo país. A falta de orgulho, o excesso de egoísmo.”
Sol 18 de fevereiro de 2011
Gabriela Canavilhas parece ser cada vez mais (como Mariano Gago) uma excepção num governo cinzento e incompetente. Não é habitual ver um governante ser capaz de nomear direta e explicitamente o nome de um magnate que não honra o seu dever social para com o país que o enriqueceu e enriquece. Amorim – em particular – beneficiou de um claro e muito desigual tratamento aquando da cedência de ações da Galp por parte do Estado português. Perante tal favorecimento, bem que poderia compensar tal favor contribuindo para o Bem Comum de forma abnegada e esforçada. Nada disso. Contentou-se em despedir trabalhadores em 2010 (apesar dos lucros), em não ter o devido papel de Solidariedade Social que caraterizam os “grandes empresários”, de Buffet e Gates e confirmou assim o grande problema e carência da crise portuguesa: as suas lideranças.
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