Comparada com a dívida pública dos EUA a dívida de todos os países do sul da Europa é uma autêntica brincadeira… Por isso, o mais dispendioso programa de armamento atualmente em curso nos EUA tem estado sobre um intenso criticismo: o F-35 Joint Strike Fighter.
Teoricamente, o programa seria de facto merecedor de um investimento e de uma despesa extraordinários, já que ambiciona a – nada menos nada mais – a substituir todos os aparelhos da época da Guerra Fria ainda hoje atualmente em uso nos EUA. O aparelho prometia também ser a fonte de divisas que os F-15, F-16 e F-18 representaram (e representam ainda) para os EUA. Estima-se que mais de 100 mil milhões de dólares poderiam ser somados às exportações dos EUA nos próximos anos, com as exportações do F-35.
Mas estas exportações e a própria entrada em produção do aparelho podem estar ameaçadas. Um grupo de Representantes do Congresso está a tentar que a General Electric construa um motor alternativo para o aparelho que possa competir com a atual opção do aparelho, desenvolvida pela Pratt & Whitney. O problema é que a GE perdeu no passado o concurso pelo motor do F-35, mas agora está a pressionar os Representantes dos Estados onde tem fábricas para que seja desenvolvido um segundo motor que possa competir de novo com o Pratt & Whitney. Desenvolver um novo motor, adaptá-lo ao F-35 e fabricar uma segunda variante do aparelho iria fazer disparar os custos de um avião que já não tem um registo de custos muito positivo.
Parece-me incrível algumas nações europeias numa Europa com 3 programas, qual um melhor que o outro, embarcar neste fiasco só para agradar o lobby.
A Europa nunca mais acorda do embuste atlantista.
LM
bem pensado e melhor escrito.
fiquei admirado pela Noruega ter optado por este aparelho em detrimento do Gripen. veio a saber-se agora que houve corrupção (como em quase todos os negócios das armas).
quanto à OTAN já fez sentido, deixou de fazer mas agora recomeça a fazer novamente, apesar de ainda não ter percebido o rumo.
mas tens razão, os europeus deviam de se autonomizar.
mas a Alemanha está a libertar-se dos constrangimentos que “ganhou” na II Guerra Mundial…
o grande problema é aquela minoria reaccionária que domina, o complexo militar industrial norte-americano e o Pentágono que estão a usar a OTAN para as suas guerras “particulares”.
“A Europa nunca mais acorda do embuste atlantista…”
“quanto à OTAN já fez sentido, deixou de fazer mas agora recomeça a fazer novamente, apesar de ainda não ter percebido o rumo…mas tens razão, os europeus deviam de se autonomizar.”
Eu também acho que a Europa devia começar a se afastar dos EUA, mas sem inimizar-se com eles, é claro. Especialmente Portugal, devia rever o seu apoio aos EUA (apesar de ter uma política externa comum com a UE). Apesar de não ter nada a ver com o assunto, acidentalmente encontrei um vídeo do youtube, no qual um seriado norte-americano simplesmente humilha Portugal, o povo português e principalmente a mulher portuguesa. É o seriado “The adventures of old Christine”. Eu sei que pela internet muitos brasileiros indevidamente esculacham Portugal e muitos portugueses indevidamente também esculacham o Brasil, mas a responsabilidade é individual. Mas lamento a falta de respeito de um canal americano a um aliado europeu da OTAN, que os apoiou na Guerra do Golfo em 1991, na invasão ao Afeganistão, ao Iraque, agora os apóia caso intervenham na Líbia, tem estima de longa data pelos EUA. É claro que o governo dos Estados Unidos não pode ser responsabilizado por isso, nem a totalidade do povo americano. Se não estou enganado, o proprietário do seriado é a CBS. Mas foi um desrespeito gratuito por parte dos produtores do seriado. E o governo português devia reclamar contra esse tipo de atitude contra os portugueses.
Cria um estereótipo negativo do emigrante português.