
Comandos do Exército Angolano (http://www.segurancaedefesa.com)
“Nas próximas semanas, cerca de 200 militares e elementos das forças de segurança angolanos vão para a Guiné-Bissau, no âmbito da cooperação técnico-militar entre os dois países. A missão é dar formação e reorganizar as forças armadas e as polícias guineenses.”
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“Nos meios diplomáticos esta missão é considerada “o primeiro verdadeiro teste à credibilidade de Angola junto da comunidade internacional enquanto líder regional”. Mas existem riscos para a iniciativa angolana: o primeiro, é a contaminação do narcotráfico guineense para Angola, transformando-a num país de trânsito; o segundo é a natureza da sociedade guineense, muito sensível às tensões tribais com repercussões sociopolíticas.
Já em março de 2009 José Eduardo dos Santos afirmava: “Angola manifesta-se disponível para conjugar esforços com Portugal a fim de apoiar a República da Guiné-Bissau”. Estava aberta a via angolana. O pedido de ajuda a Angola por parte das autoridades guineense “.
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“A diplomacia portuguesa joga na questão guineense muito do estatuto como interlocutor lusófono nas instâncias internacionais. (…) Devido ao governo português a União Europeia e o Banco Mundial vão disponibilizar cerca de 9.2 milhões de dólares para o setor agrícola. A ajuda surge numa altura em que a União Europeia pretende suspender os apoios financeiros à Guiné. O que só nas aconteceu por duas razões: a oposição portuguesa e o risco de o embargo total das ajudas gerarem instabilidade no país”.
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Este mês, Portugal obteve uma vitória diplomática ao travar a aplicação de sanções aos dirigentes guineenses que previam o congelamento de bens no estrangeiro e a suspensão de vistos”.
Sol 11 de fevereiro de 2011
Angola é hoje um indiscutível líder regional. A sua atitude de apoio ao regime de Laurent Gabgo criou uma séria erosão na credibilidade internacional de Luanda, por isso, a presença de forças angolanas em Bissau poderá ser crucial para recuperar parte desse prestígio e influência assim malbaratados.
As forças angolanas estão bem treinadas, bem equipadas e geralmente bem comandadas. Têm – ademais – um mandato informal da CPLP – para intervirem na Guiné-Bissau e têm mais condições para serem bem recebidas pela população local do que os nigerianos que tradicionalmente integram as forças de paz da CEDEAO, tristemente célebres pela onda de violações e pilhagem que deixam atrás de si…
Esta presença não consubstancia a materialização de uma das propostas mais antigas do MIL: Movimento Internacional Lusófono, a Força Lusófona de Manutenção de Paz que – em boa hora – o MIL fez questão de invocar como contributo para a pacificação interna da Guiné-Bissau e da crise do narcotráfico que hoje assola este país lusófono. Estes militares e policias angolanos não são exatamente uma “força lusófona”, mas a sua presença resulta de contactos cruzados com Portugal e de uma chamada formal por parte do governo guineense, sendo assim o melhor que os países lusófonos podem comprometer em Bissau e uma boa antecipação para esta “força lusófona”, rápida, flexível, eficaz e multinacional que defendemos e que teria na Guiné-Bissau um cenário muito adequado de intervenção.
Gosto da Força Lusófona de Manutenção de Paz, mas desconfio do governo Angolano enquanto não for uma verdadeira democracia.
bem desconfiado…
O que as nações lusófonas deviam realmente fazer a respeito de Angola e Guiné-Bissau? No caso angolano, Brasil e Portugal têm o direito de intervir e remover o José Eduardo dos Santos (e sua filha Isabel) do comando do país? É muito complicado…
Isto esta tão mal que não pode ser tanta revolta ao mesmo tempo. Esperemos que cai de maduro.