Lisboa e as nossas palavras
Crónica
Concha Rousia
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“Fomos a Lisboa um grupo de quatro pessoas, Issac Alonso Estraviz, Ângelo Cristóvão, António Gil, e eu. Desta vez para burlar o vento levávamos as nossas palavras escritas em brochuras e pen-drive. A nossa primeira visita foi ao Movimento Internacional Lusófono na Fundação Agostinho da Silva; a conversa demorou bem duas horas boas, ninguém, nem eles nem nós, se queria despedir daquele encontro.
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“Essa mesma noite regressamos à Galiza. A mim o caminho pareceu-me mais curto do que noutras passadas visitas a Lisboa; talvez porque sabemos que a cada vez vamos deixando lá mais amigos, com os que desde já, contar, não só na ACL (Academia de Ciencias de Lisboa), mas tambem no MIL”
Boletim da AGAL 2010
Tive a honra de estar presente nesta primeira reunião (várias depois se sucederiam) entre estes amigos galegos da AGAL e o MIL. Desde esse momento – antes já havia uma suspeita – que percebemos que a defesa da causa da defesa da língua galega ou língua portuguesa da Galiza se deveria eleger como uma das principais causas públicas do MIL. Como conceber um “movimento lusófono” digno desse nome que não erguesse bem alto a bandeira da defesa da continuidade da existência da Galiza enquanto nacionalidade e a causa da sobrevivência da língua portuguesa precisamente onde esta é matricial e original?
A Galiza e os galegos – como Concha Rousia, Isabel Rei, Alexandre Banhos ou Ângelo Cristóvão – poderão sempre contar com o MIL e com todos os lusófonos do mundo.
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