Nem toda a gente sabe, mas mais de 60% de todo o orçamento comunitário vai para a PAC (Política Agrícola Comum), e esta é devorada – em doses leoninas pelos “grandes” da Europa: França, Reino Unido e Alemanha, deixando para os restantes países apenas algumas migalhas que saltam fora do prato dos agricultores ricos do norte da Europa.
Assim, a notícia segundo a qual, a Comissão Europeia (CE) quereria reformar a PAC poderia ser positiva para uma Europa mergulhada numa profunda crise existencial, que ameaça a sua própria existência, pela corrosão sensível daquele que sempre foi o seu mais forte pilar: a economia.
A proposta da CE assenta fundamentalmente no “fim do sistema de pagamentos directos baseado em referências históricas que limitava os apoios em países com produtividade reduzida como Portugal”. Foi este o instrumento usado e abusado durante décadas pelos países ricos da Europa para levarem a que a maior parte do orçamento europeu fosse usado para financiar as suas agriculturas. Em vez destes “argumentos históricos” ligados à produtividade agrícola, agora a proposta da CE, advoga que o critério ecológico seja o principal na atribuição de ajudas agrícolas.
Fonte:
http://sol.sapo.pt/inicio/Economia/Interior.aspx?content_id=4757
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