
Antonio Tajani (http://www.ilpredellino.it)
É assim curioso que oiçamos Antonio Tajani, o vice-presidente da Comissão Europeia, referir que: “Serão as pequenas empresas que vão criar novos postos de trabalho”. Idêntica é a opinião da Associação Europeia das Pequenas e Médias Empresas (UEAPME). As grandes empresas e multinacionais são ineficientes, plenas de desperdícios e de degraus hierarquicos que desviam recursos preciosos e que as tornam lentas num mundo em que a rapidez de reação é cada vez um fator competitivo mais importante. Assim, serão as PMEs, ou melhor, as 23 milhões de pequenas e médias empresas que irão propulsar a economia europa para fora da recessão já que as grandes empresas e as multinacionais estão demasiado preocupadas em engenharias fiscais e em deslocalizações para alavancar qualquer retoma. Small is Beautiful e assim serão as PMEs que pela primeira vez terão este papel propulsor.
Os apoios dos governos às grandes empresas não são produtivos como eram no passado. Pelo contrário, importaria agora recentrar nas PMEs esses apoios. Existe até na Europa a “Lei das Pequenas Empresas” que congrega uma série de medidas da Comissao Europeia e dos governos da União, aprovada em 2008, mas ainda sem grandes efeitos práticos!
Foi em 2008 que Durão Barroso prometeu que “administrações públicas mais atentas, menos atraso no pagamento de facturas, acesso mais fácil ao financiamento, à inovação e à informação, menos IVA para os serviços prestados a nível local e melhor acesso aos contratos de direito público”, mas praticamente nada disto avançou. E de entre estes problemas destaca-se o mais grave: o atraso dos Estados em pagarem às PMEs, que nalguns países ascende a 400 dias!
E há que criar mecanismos estatais que permitam às novas empresas atravessarem os primeiros críticos cinco anos. Em Portugal, 30% encerram ao fim de um ano. O mecanismo das falências tem que ser simplificado, de forma a permir rápidos recomeços e as cargas fiscais aligeiradas ou adiadas para depois dos primeiros dois anos onde se concentra o essencial das falencias de novas empresas.
Fonte:
http://economia.publico.pt/Noticia/pequenas-empresas-criam-80-por-cento-dos-novos-empregos_1439681
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