E se o sal… não tivesse só coisas más?… Sabe-se há muito que o consumo nacional de antidepressivos do Japão é inferior à média dos países desenvolvidos e também se sabe que os japoneses consomem muito molho de soja e peixe. Ora ambos, contêm elevadas taxas de sal, pelo que isso levou o fisiologista Alan Johnson da Universidade do Iowa (EUA) a crer que poderia haver uma relação. Este investigador descobriu que ratos com regimes alimentares sem sódio tinham uma notável redução de atividade. Tanta que praticamente não se deslocavam para recolherem uma barra de açúcar, ao contrário do entusiasmo que exprimiam em regimes alimentares com sódio. Segundo esta investigação baixas taxas de sódio produzem depressão em ratos e nos seres humanos e comer doses altas de sal permite combater a depressão.
Atualmente, muitas pessoas reduziram os seus consumos de sal por motivos de sal, mas agora, isso parece ter efeitos inesperados no seu prazer de viver e no aumento da frequência de depressões, ou seja, salva-se o coração do paciente mas… atira-se ao ar a boa disposição. Vivos, mas deprimidos, é caso para dizer! E valerá a pena?
Fonte:
http://www.dvorak.org/blog/2010/08/03/is-anti-salt-propaganda-done-to-sell-more-drugs/
O sal ajuda a combater a depressão mas, e a pressão sanguínea? Os que têm pressão alta e depressão também?
Pois é, Caro Clavius. Há muito tempo, por eu ser fortemente hipotenso, um médico amigo disse-me simplesmente: «salgue». E salguei, e continuo a salgar, passadas décadas. A minha tensão arterial manem-se estável, conquanto para o baixo, mas a depressão que me assolava na altura (devida à morte de meu Pai) desapareceu para nunca mais voltar. Quais antidepressivos! Por estas e por outras é que o sal era considerado sagrado em muitas culturas, e o salário dos legionários era parcialmente pago em… sal, daí o seu nome «salário»…
Mas há que saber se o sal é de origem marinha ou de minas de sal, ou, contrariamente, obtido industrialmente por processo químico (como nos Estados Unidos). Também há que ter em atenção que a maioria do sal refinado dito «de mesa» contém como anti-aglomerantes… ferrocianeto de potássio e salicicato de alumínio, os dois venenos violentos. Ainda por cima são mencionados no rótulo, como se tratasse do anterior e inofensivo talco…
Assim, há que comprar sal marinho moído, ou moê-lo na altura num dos muitos moinhos de mesa à venda.
Cumprimentos.
ora bem… desconhecia essa nuance…
de qualquer modo, ao que sei, a maioria do sal de mesa consumido em Portugal vem da China, ignoro de que fonte exata.
«A maioria do sal de mesa consumido em Portugal vem da China»… UI!…
Ainda bem que avisa, Caro Clavis! Bom, em minha casa compro o sal das salinas algarvias (será mesmo?), ou vou às Marinhas de Sal de Rio Maior comprar o sal de mina (muito mais forte que o marinho).
Também se sabe que o Japão é o maior consumidor de videojogos do mundo e portanto por isso também podemos chegar à conclusão que o facto de os japoneses serem viciados em realidades alternativas os faz menos propensos à depressão que o mundo real lhes pode provocar. A conclusão a que chegaram não se pode inferir através do exemplo que apresentaram, até porque a realidade/cultura japonesa é diferente da ocidental.
Porque se fosse o sal a verdadeira razão da menor venda de antidepressivos, então Portugal (que é dos países europeus que mais sal consome) não seria o país da Europa onde mais antidepressivos se prescrevem. Acrescentado a isso o facto de o sódio ser um ião necessário ao funcionamento de metabolismo celular (pelo que o facto da total ausência de sódio pode causar graves problemas a nível de órgãos), então só podemos inferir que o senhor simplesmente provocou tanto sofrimento aos ratos que eles nem para se alimentar se mexiam. Para mais informações sobre pseudo-cientistas por favor leiam o livro “O filósofo e o lobo” no qual o escritor descreve alguns testes efectuados por “psicólogos” em animais.
okokok… mas o abuso de video jogos também está ligado diretamente ao estado deplorável da ética de trabalho de juventude japonesas atual (dizem os próprios japoneses na rua e em muito estudos sociológicos)
mas tens razão, as inferências são muito perigosas, mas Portugal não é dos países europeus com mais depressões, e não é somente pela via da radiação solar (outro fator), penso que é algo que tem a ver com o nosso temperamento cultural e com outros fatores…. como o sal?
Eu não disse que Portugal é o país com mais depressões, mas um dos países da Europa onde mais se prescrevem antidepressivos… para ser correcto segundo os dados do INFARMED é o segundo país da Europa Ocidental onde mais antidepressivos se consomem (eu diria compram/prescrevem, uma vez que se sabe que muitas pessoas compram medicamentos e depois os deixam a apodrecer em casa, e por ser uma moda agora os médicos prescreverem antidepressivos por tudo e por nada).