Brevemente, um pequeno grupo de entusiastas dinamarqueses vai tentar lançar para o Espaço um pequeno foguetão construído por eles nas horas vagas. Para tornar o acontecimento ainda mais estranho, o lançamento será realizado a partir de uma plataforma aquática rebocada até longe da costa pelo submarino Nautilus. Construído também por eles, nas horas vagas. É caso para dizer que na Dinamarca há gente com muitas horas vagas…
Este grupo de amigos formou recentemente a associação não lucrativa “Copenhagen Suborbital”.
O foguetão Heat1X-TychoBrae já está no seu local de lançamento no Mar Báltico, preparando o seu voo de quase 150 km a caminho do Espaço. Parece muito (e é) mas tal distância representa apenas metade da distância a que orbita a Estação Espacial Internacional Alpha (ISS), ela própria já numa órbita baixa (LEO).
No interior do foguetão dinamarquês Heat1X-TychoBrae estará um pequeno habitáculo, ocupado com um manequim de testes de colisão e não com um tripulante humano porque estes atrevidos dinamarqueses ainda não se arriscaram a tanto… ainda. O habitáculo deverá tocar na água de forma relativamente suave, fornecendo dados sobre o voo e a possibilidade de eventualmente colocar no seu interior um destes entusiastas.
O foguetão Heat1X-TychoBrae é inteiramente construído de metal e tem mais de 9 metros de altura sendo assim o mais foguetão amador jamais construído e resulta de um esforço consistente e empenhado que devia fazer (e faz) envergonhar muitos países, a começar pelo Brasil, onde o programa espacial continua em estado quase vegetativo e Portugal que para além de uma modesta colaboração na ESA não tem estado à altura da sua tradição histórica de empreendedorismo e aventura e se tem deixado vencer por todos os “velhos do Restelo” que lhe têm mando sonhar pequenino e voar baixinho… Com efeito, se um pequeno grupo de amadores conseguir tal feito, será dada uma rotunda e sonora chapada na cara de todos os países que ainda não se atreveram a deixar o chão térreo dos seus territóriozinhos a a aventurarem-se na derradeira fronteira da Humanidade: o Espaço.
Fontes:
http://gizmodo.com/5483239/the-worlds-largest-amateur-rocket-is-almost-as-tall-as-a-v+2
http://jalopnik.com/5619764/worlds-largest-amateur-space-rocket-set-to-launch
Clavis! Sobre a parceria proposta pelos investigadores da Universidade do Minho, da Agência Luso-Brasileira, há alguma novidade? Será que os países vão trabalhar juntos em algum projeto?
a leste nada de novo…
apesar de toda a divulgação e até do comunicado do MIL e dos inúmeros contactos que daqui advirem, não creio que esteja a “rolar” algo de concreto… infelizmente.
Mas continuemos fazendo o nosso lento e paciente trabalho de sapa, e um dia teremos sucesso. Tenho fé.