
Fernando Nobre (http://www.ionline.pt)
“O Homem é mais importante do que os números dos parâmetros económicos. É mais importante saber se os homens vivem melhor e são mais felizes do que estarmos sempre preocupados com o lucro, a competitividade e a produtividade. Reparem, meus queridos amigos, nunca se acumulou tanta riqueza, nunca se produziu tanto como hoje na História da Humanidade, mas também é verdade que nunca como hoje as disparidades foram tão brutais.”
Fernando Nobre
Gritos contra a Indiferença
A Globalização neoliberal produziu melhorias substanciais nas métricas estatísticas de muitos países no mundo, mas muito particularmente na China e na Índia mas não é líquido que tenha havido uma melhoria na qualidade de vida da maioria dos seus cidadaos. Bem pelo contrário, há indicadores de que ainda que a média de rendimentos tenha subido, a disparidade e o fosso entre as camadas mais ricas e as mais pobres se agravou… é esta realidade que se impôs como “única” e sem alternativas que importa atacar e substituir. Buscar formas de organização económica e social mais justas e equilibradas, mais locais e menos globais, mais reais e produtivas do que virtuais e estéreis. Precisamos de uma revolução económica que humanize as relações entre os Homens e que devolva ao espaço da cidadania tudo o que as multinacionais e os interesses financeiros lhe furtaram nos últimos anos. E comecemos por um passo decisivo para retomar a democracia aos grupos que a raptaram e que a detêm hoje refém elegendo um candidato verdadeiramente independente e livre das pressões a que a partidocracia se verga tão facilmente: elegendo Fernando Nobre.
o exemplo clássico da estatística “eu tenho dois frangos e tu nenhum, logo cada um de nós tem um” aplica-se na perfeição a este texto corajoso e lúcido!
é verdade, o Mundo desde o início da década de 90 sec. XX é excedentário em produção de alimentos e a fome persiste, nunca foi tão rico e próspero, e as desigualdades aumentam, a ciência evoluiu a níveis nunca vistos e ainda subsistem tantas doenças, telecomunicações e transportes, só para os ricos é um paradoxo!
o certo é que as classes médias dos países mais abastados continuam a sofrer de uma doença de civilização muito grave, a estupidoconsumocracia! enquanto não for debelada o Mundo continuará a ficar mais desigual.
ora bem!
excesso de um lado, carestia no outro, com lixo de permeio!
anafados (e morrendo de tal doença) de um lado
e esfaimados (e morrendo de tal) do outro.
raio de planeta!
por isso é que não desisti e sigo lutando para deixar este mundo um pouco diferente, até passar o momento de transferir o testemunho a outro…