
Cabo Verde (http://www.igadi.org)
Cabo Verde comemorou recentemente 35 anos de independência e de… sucesso. No contexto africano, o país lusófono é um autêntico caso de sucesso. As instituições democráticas estão aqui solidamente instaladas e o Turismo não tem parado de crescer, assim como o investimento estrangeiro.
Portugal é, desde sempre, o principal parceiro económico e comercial de Cabo Verde, algo que se prende diretamente com o facto de ser também o destino favorito da numerosa emigração caboverdeana e dos seus jovens que buscam no estrangeiro formação universitária.
A taxa de alfabetização é hoje de 83% (98% entre os jovens) e tem níveis de expetativa de vida comparáveis a muitos países europeus mais desenvolvidos. No total, o país é o nono país africano mais desenvolvido e teve em 2009 um invejável crescimento económico de 8.9%.
Esta situação de grande maturidade cívica e económica da sociedade caboverdeana torna-a num parceiro ideal para qualquer projeto de aprofundamento da CPLP até à sua transformação num protótipo da União Lusófona, cuja promoção é um dos eixos fundadores do MIL: Movimento Internacional Lusófono. Sob que forma poderia surgir essa parceria? Uma federação com Portugal? : estabelecimento de uma rede de tratados bilaterais cobrindo áreas transversais e diversas? Uma aproximação estritamente no seio da CPLP, expandindo as suas atividades e competências para os países que quisessem aderir a esse “clube da frente” e incluindo neste os países social e economicamente mais avançados da CPLP: Brasil, Cabo Verde e Portugal? De uma forma ou de outra, algo parece certo: não é crível que se funde uma União Lusófona sem que esta comece por incluir – logo desde o primeiro momento – esse caso de sucesso africano que é Cabo Verde.
Cenários como esse provam que a África tem um bom futuro quando opta pelos caminhos certos: o bem para o povo, o desenvolvimento equilibrado e a democracia.
É bom saber que isso ainda existe em um continente tão marcado pela corrupção, incompetência governamental, miséria e violência, bom post Clavis bom saber que volto das férias!
Cabo Verde é um orgulho!
tudo o que é dito sobre a saúde da democracia, crescimento económico, índices de educação elevados e por aí fora, tem que ser referido e salientado que o arquipélago está localizado numa zona geoclimática que dificulta imenso a vida. fica na zona desértica e mais árida da Terra. desde os anos 80 que a ONU permitiu que Cabo Verde iniciasse uma política de florestação, abertura de poços, centrais de dessalinização, conservação da água, etc, que permitem à população ser auto-suficiente (ou a reduzir a dependência do exterior) em termos alimentares, com a aplicação escrupulosa dos fundos da ONU, sem desvios e roubos, com uma atitude séria e patriótica por parte de todos – políticos incluídos! o grau de sucesso foi de tal ordem que este ano o país perdeu o direito à ajuda por exibir índices de desenvolvimento elevados e indicadores francamente promissores em relação ao futuro. parabéns!
quando vejo imagens de Cabo Verde na TV (sobretudo na RTP África) vê-se em fundo que tudo está arrumado e limpo, apesar de modesto. é impressionante.
conheci muitos estudantes dos PALOP e a ideia que fiquei foi que os Cabo Verdeanos eram os mais sérios e profissionais, aqueles que mais ânsia tinham em regressar ao seu país, traziam um sentido de missão, não se deslumbravam facilmente com “as luzes” da Europa nem das possibilidades de ficar a trabalhar por cá.
desejo o melhor a Cabo Verde e ao seu povo.
grande país! que sirva de exemplo à demais África lusófona, especialmente para Angola, que depois de tanta cleptocracia, bem precisa…
engraçado o hábito que eles têm de considerar os habitantes continentais como “os africanos”, distintos de si, no arquipélago 🙂
não obstante muita carência que o país AINDA sofre – tomados os padrões europeus – parece que vão mesmo retirando de si o seu melhor para dar a volta a um futuro que vão fazendo mais risonho
já o disseram vocês: um bom exemplo
Parabéns ao Cabo Verde. 😉
O meu medo de creximento caverdiano é o individamento em bolsa dos sectores publico para pagarem esse creximentos…A divida do sertor publico que está a crexer,,,
é um risco sempre presente e que resulta do excesso de entusiasmo…
bem não podemos entrar no “preso por ter cão e preso por não ter”… 😉
crescer é sempre melhor que “encolher”.
mas se há países que andam ufanos no seu crescimento económico é o Brasil e Angola e ninguém (que eu saiba) veio para aqui receitar cautela.
Otus, eu me lembro de ter respondido à si sobre nada garantir que o Brasil será mesmo potência mundial. Não seria uma forma de recomendar cautela?
sim, eu lembro-me, mas são (para mim) duas coisas diferentes.
uma coisa é ser uma potência mundial outra é ser um país desenvolvido “apenas”.
uma coisa é querer se como a China ou os EUA, outra é querer ser “apenas” Suíça, Suécia, Bélgica, Holanda, etc.
como disse é melhor crescer do que estagnar ou encolher.
mas foi bem lembrado. 😉