Introdução
O nome facebook é uma alusão ao nome dado aos livros que a universidades dos EUA dão aos novos alunos no começo de cada ano para os ajudarem a conhecerem-se melhor. Mas o fundador recordou-se do nome porque na sua Preparatória publicou-se durante décadas um manual com todos os estudantes a que chamavam oficiosamente “face book”.
O facebook foi fundado por Mark Zuckerberg com os seus colegas de quarto e de curso (Ciências da Computação) Eduardo Saverin, Dustin Moskovitz e Chris Hugher.
Numa noite, Zuckerberg estava a escrever no seu blog sobre uma rapariga que o tinha deixado, “um pouco bêbado” com o livro do dormitório (facebook) aberto na secretária, com algumas fotos bem horríveis e pensou que devia haver forma de as votar. Invadiu a rede da Universidade e copiou várias imagens e fotos, obtendo assim dados para o seu site, que cresceu rapidamente. Dias depois a administração de Harvard desligou o site e acusou Zuckerberg de violações diversas e ameaçou-o de expulsão. Desistindo pouco tempo depois.
Inicialmente, o site estava limitado a apenas estudantes de Harvard, mas depois expandiu-se a outras universidades da zona de Boston. Mais tarde cresceu ate alcançar estudantes do Secundário e, por fim, todos os que tivessem mais que 13 anos e mail. Atualmente, tem mais de 400 milhões de utilizadores.
Em 2004, Zuckerberg lançou o thefacebook.com
Sucesso:
O termo “facebook” é atualmente uma das palavras mais procuradas nos motores de busca. De facto, em 2010 oito em cada dez buscas referiam-se a palavras diretamente relacionadas com o facebook.
Controvérsias:
Apenas seis dias depois do lançamento do site, três colegas de Zuckerberg acusaram-no de os ter enganado dizendo que os queria ajudar a criar uma rede social chamada HarvardConnection.com, mas acabando por lhes roubar a ideia e código fonte. Foi no decurso desta questão que Zuckerberg terá invadido as contas de jornalistas na universidade de Harvard usando as passwords inválidas em acessos ao seu site. Em 2008 as partes chegariam a acordo, tendo Zuckerberg pago 65 milhões de dólares.
O site é barrado em vários países e empresas, que o consideram uma perda de produtividade.
Há alguma controvérsia quanto à venda de dados pessoais de perfil e das listas de amigos a entidades terceiras.
Despedimentos:
Quando após um dia de trabalho, Kimberley Swan escreveu no facebook que tinha um “trabalho aborrecido” o seu gestor chamou-a no dia seguinte ao gabinete e disse-lhe que já não precisava dos seus serviços. Na Suíça, uma mulher que ficou em casa por estar com enxaquecas foi despedida porque atualizou o seu Status isto quando supostamente estava doente demais para trabalhar com um computador… A empresa tinha criado uma conta de facebook falsa para monitorizar a atividade dos seus empregados e despediu-a alegando “quebra de confiança”.
Privacidade:
Os Termos de Serviço indicam que o utilizador deve ter os seus dados sempre atualizados e se não o fizer o facebook pode encerrar a sua conta. Numa mudança recente, todos os dados dos perfis antigos foram tornados públicos, o que resultou em vários processos judiciais. Todos os dados de um perfil são partilhados com todas as aplicações instaladas e com os seus criadores… E assim que aceitamos uma dada aplicação deixamos de poder controlar o que eles farão com os nossos dados pessoais e até, a quem os venderão.
É extremamente difícil apagar uma conta no facebook. Os dados de facto nunca são apagados e para “apagar” uma conta tem que se andar a navegar nos menus até dar com essa opção, bem longe da vista… E mesmo depois de apagada, a conta continua a aparecer em Tags de fotos e a receber mensagens de mail da facebook. Prova aliás de que as contas não são apagadas é que se depois de “apagarmos” a conta, regressarmos, zás, esta é instantaneamente ativada e todo o nosso perfil regressa, exatamente como o deixámos… Os nossos dados pessoais são simplesmente demasiado preciosos para uma empresa que vende anúncios direcionados para poderem ser perdidos. À custa de tudo, aparentemente.
Demografia:
Mais de 60% dos utilizadores têm mais de 25 anos, entre os 35 e os 54, de 2009 a 2010, os utilizadores entre os 35 e os 54 subiram 29%, mas os com mais de 55 subiram nesse mesmo período mais de 920%.
História:
Em junho de 2004, o facebook mudou-se para Palo Alto, na California e deixou o “the”, comprando por 200 mil dólares o registo “facebook.com”.
Em 2007, a Microsoft comprou 1,6% do facebook por 240 milhões de dólares, valorizando em 15 biliões. A compra também incluía direitos para colocar anúncios internacionais no site.
Em janeiro de 2009, o facebook era a rede social mais usada do mundo, seguida apenas pelo MySpace. Meses depois, o facebook comprava o agregador FriendFeed (uma empresa do antigo googler Paul Bucheit que inventara a expressão “do no evil”). No mesmo ano, facebook tornava-se lucrativo pela primeira vez na sua história. Em agosto de 2009, lançava a versão Lite, abandonada pouco depois, em meados de 2010.
Dados financeiros e de RH:
Os lucros ascendem a 300 milhões de dólares anuais e tem cerca de 1300 colaboradores.
Características:
A maior diferença entre o facebook e o seu maior concorrente, o MySpace, é que este permite a personalização com HTML e CSS, enquanto que o facebook apenas permite texto simples.
O facebook tem várias características focadas no utilizador:
Mural: um espaço que permite que os utilizadores possam escrever pequenos textos e que os seus amigos façam o mesmo.
Pokes: que permitem enviar pokes
Photos: onde os utilizadores podem carregar fotos, agrupadas em álbuns. É permitido o carregamento de um número ilimitado de fotos, mas apenas 200 por cada álbum. As fotos podem ter configurações de privacidade. Se uma foto tem um amigo, este pode ser identificado por uma Tag e dar-lhe-á um link direto para a fotografia. Todos os dias são carregadas mais de 14 milhões de fotografias.
Notes: lançadas em 2006 é uma plataforma de blogging que permite Tags e imagens embebidas e que suporta a importação a partir de várias plataformas de blogging.
Chat: lançado em abril de 2008, esta ferramenta de Instant Messaging foi recentemente vítima de uma séria vulnerabilidade.
Status: que permitem que os amigos de um utilizador sejam informados de estado do utilizador
Gifts: criadas em fevereiro de 2007 estas prendas virtuais aparecem no perfil dos amigos. Cada custa um dólar.
Marketplace: permite a colocação de anúncios gratuitos mas apenas aparecem nos utilizadores que pertencem às mesmas Redes.
Aplicações: A facebook Platform foi lançada em maio de 2007, em novembro de 2007 havia já sete mil aplicações, mas atualmente há já mais de meio milhão. Para ver uma lista completa de todas as suas atuais aplicações facebook clique em Conta/Account em Applications Settings se clicar em Edit Settings em cada uma das aplicações verá um separador (tab) chamado Additional Permissions que tem sempre a caixa desmarcada por defeito.
Farmville: este popular Jogo Casual merece aqui um capítulo à parte. Há quem passe horas por dia a jogar o jogo e recentemente houve um caso de um adolescente que gastou 400 dólares do Visa da mãe para comprar “moedas”. O jogo tem mais de 80 milhões de jogadores e a sua empresa, a Zynga reúne mais de 760 funcionários gerando um lucro de 218 milhões de euros, só em 2009 pela venda de dinheiro virtual para comprar bens virtuais para a Quinta.
Facebook Connect: Permite o cross-posting de comentários e reviews entre o facebook e sites externos permitindo-os publicar o comentário no seu Muro e aparece nas News Feeds dos seus amigos.
Encurtador de URLs: Em dezembro de 2009 o facebook lançou o fb.me: todos os links baseados no facebook.com pode ser substituídos pelo fb.me.
Neologismos:
Em 2005, a utilização do facebook já estava tão generalizada que os termos “facebooking” e “unfriend” entraram em muitos dicionários, como New Oxford American Dictionary.
Justiça:
Um decreto do Supremo Tribunal dos EUA, afirmava que o facebook poderia ser usado em casos de Tribunal e vários empregadores usavam-no para despedirem funcionários.
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